Centro Paula Souza tem nova diretora-superintendente

Oferecer cursos de acordo com as demandas do mercado continua sendo o foco principal

sex, 05/11/2004 - 14h27 | Do Portal do Governo


Os 35 anos do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza foram comemorados nesta sexta-feira, dia 5, no Palácio dos Bandeirantes. A data foi marcada pela posse da nova diretora-superintendente da instituição, Laura Laganá. Ela assume o cargo ocupado durante dez anos por Marcos Monteiro, que agora vai dedicar-se exclusivamente à vice-presidência da Febem. Também foram empossados hoje os novos diretores das Escolas Técnicas Estaduais (ETEs).

“O emprego no mundo moderno muda muito depressa. Profissões desaparecem e outras são criadas. E nós temos a maior rede de ensino técnico e tecnológico da América Latina, que é o Centro Paula Souza. Uma entidade muito moderna e que sempre se rejuvenesce, procurando formar recursos humanos, qualificar nossos jovens para que possam ter emprego”, destacou o governador Geraldo Alckmin, enfatizando que os cursos são oferecidos de acordo com as vocações das regiões onde as faculdades e escolas estão inseridas.

Essa será a tônica da nova superintendente. Em seu discurso, ela lançou uma missão aos novos diretores das escolas e faculdades: “Além da tarefa de sustentar a qualidade de ensino em nossas unidades, que já se tornou marca registrada da nossa instituição, canalizem energia para identificar e atender de forma competente as demandas regionais. Senhores diretores das Fatecs e das ETEs, cada um em sua escola, em sua comunidade saberá transformar a reflexão acadêmica em força produtiva; trazer para a sala de aula as necessidades e soluções do setor produtivo; e levar para fora dos muros escolares o conhecimento e o vigor dos nossos alunos”, disse.

Para Alckmin, a interpretação dos anseios da comunidade e a proximidade do setor produtivo são muito importantes. “Nós damos diploma para que os nossos alunos possam trabalhar. Ou montar seus negócios, ser empreendedores, ou trabalhar numa empresa. Mas tem um sentido muito prático. E o trabalho tem um papel muito importante na vida das pessoas. É a realização da pessoa, a possibilidade de manter de forma digna sua família, de crescer sob o ponto de vista do conhecimento”, disse.

O governador também destacou que o ensino técnico e tecnológico têm sido importante fator de inclusão social em São Paulo, já que houve crescimento no número de alunos provenientes de famílias de menor renda e que trabalham. Para se ter uma idéia, em 1995, cerca de 32% dos alunos do Paula Souza estavam na faixa de renda familiar entre zero e cinco salários mínimos. Em 2002, esse percentual já atingia 57%. Há dez anos, 33% dos estudantes do Ensino Técnico eram trabalhadores. Hoje, 48% trabalham.

Marcos Monteiro destacou que a transformação do Paula Souza em instrumento de justiça social foi perseguida de maneira obstinada nos últimos dez anos.

Na opinião do secretário estadual da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Souza Meirelles, o ensino técnico e tecnológico representa hoje uma expectativa inovadora. “Antigamente, os prefeitos sonhavam em ter uma praça, ou um fórum, ou um chafariz. Hoje, eles querem ter ensino técnico ou faculdade de tecnologia”, exemplificou.

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