Centro de Inteligência do Café reúne representantes nacionais do setor

Evento contou com a presença do governador Geraldo Alckmin

ter, 23/08/2005 - 15h09 | Do Portal do Governo


O governador Geraldo Alckmin participou nesta terça-feira, dia 23, da posse do Conselho do Centro de Inteligência do Café (CIC). O evento foi realizado na BM&F de São Paulo e reuniu todos os representantes da cafeicultura nacional. O evento contou ainda com a presença do governador do Estado de Minas Gerais, Aécio Neves.

O Centro de Inteligência do Café (CIC) será um órgão de abrangência nacional com a posse dos membros dos seus conselhos gestor e técnico, do qual fazem parte o secretário de Agricultura de São Paulo, Duarte Nogueira, pesquisadores e técnicos das universidades paulistas e do Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria, assim como dos outros estados produtores: Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Paraná e Rondônia, além de todos os principais representantes da cadeia produtiva.

‘O CIC é um instrumento necessário para poder ter rentabilidade do setor, conquistar novos mercados, melhorar a qualidade e agregar valor’, disse o governador Geraldo Alckmin. Ele destacou que a cadeia produtiva do café é importante sob o ponto de vista do emprego, renda e trabalho.

Alckmin lembrou que Minas Gerais é o maior exportador brasileiro de café, seguido pelos Estados do Espírito Santo e de São Paulo. ‘São Paulo é o maior consumidor e 60% da exportação é feita pelo Porto de Santos e 40% do café industrializado é em São Paulo, além de grande parte dos equipamentos do setor’, comentou.

Centro de Inteligência do Café

O CIC é um órgão consultivo e técnico, com as funções de formular análises, estatísticas e informações estratégicas. Ele facilitará o acesso a informações de mercado, para a definição de uma política eficiente, organizada e baseada em dados reais, através de intercâmbio com entidades nacionais e internacionais. Fornecerá também suporte para o planejamento do setor e a construção de uma política sustentável para a cafeicultura brasileira.

O Centro foi uma iniciativa do estado de Minas Gerais e que agora se torna nacional. Para o secretário de Agricultura de São Paulo, Duarte Nogueira, o centro é mais um instrumento de informação e estratégia para a cadeia produtiva do café. “Além da informação, precisamos ter qualidade no que produzimos. Em São Paulo, trabalhamos na garantia da qualidade do grão desde a colheita, secagem e armazenagem e apostamos na comercialização e marketing dos cafés especiais, na agregação de valor. Assim fechamos o ciclo, da produção ao consumo do melhor café”, afirma o secretário.

Ações do Estado –

Durante todo o período de colheita, o Governo do estado realiza, através da Secretaria de Agricultura, a campanha de qualidade, a qual envolve seminários, cursos e palestras para os produtores, orientação de preços. São feitos concursos regionais de qualidade para eleger o melhor café de cada região produtora paulista, que culmina com o Concurso Estadual do Café de Qualidade, onde são leiloados e premiados os melhores grãos, adquiridos por empresas torrefadoras. Estes cafés são embalados e entram numa edição especial dos Melhores cafés da Safra, vendidos nas gondolas de supermercados com numeração limitada como se fossem vinhos especiais.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento também oferece dentro do FEAP – Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, linha de crédito aos pequenos cafeicultores com renda bruta anual de até R$ 185 mil. São financiamentos com juros de 4% ao ano para aquisição de secadores e infra-estrutura de armazenagem e secagem, com até cinco anos para pagar.

Macedo Júnior