CDHU: Reflexos Econômicos do Programa Estadual de Habitação

Economia com aluguel ajuda mutuário a adquirir itens essenciais de consumo

ter, 11/11/2003 - 12h40 | Do Portal do Governo

Artigo

Muito se tem falado dos benefícios diretos às famílias de baixa renda trazidos pelo programa habitacional do Governo do Estado de São Paulo. O que pouco se divulga é a engrenagem econômica de benefícios indiretos a toda a população dos municípios que recebem os conjuntos habitacionais.

Os reflexos são evidentes e estão confirmados no cotidiano de cada família contemplada com a casa própria e no ritmo de atividade de vários segmentos, com destaque para o comércio de material de construção e imobiliário. Aqueles que passam a morar em casa própria e deixam de pagar aluguel, o efeito imediato é o de esticar o orçamento da família. Com o orçamento esticado, sobra mais dinheiro para aquisição de itens considerados essenciais, bens duráveis e até os chamados supérfluos.

Essa movimentação econômica é sentida em vários setores da economia local nos municípios onde foram construídas unidades habitacionais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). O levantamento nos possibilita verificar como era a vida dos mutuários antes de adquirir a casa própria e como ficou depois. Como era o movimento comercial que recebeu um dos nossos empreendimentos já entregues ou em andamento no Estado de São Paulo.

Não resta dúvida de que a moradia é o ponto de partida para uma nova vida, cheia de esperanças. A grande maioria dos mutuários paga uma prestação muito inferior ao aluguel. Essa realidade, por outro lado, gera um benefício imediato para toda a população da cidade. Quando a CDHU entrega um novo conjunto habitacional, baixam os aluguéis dos imóveis que ficam desocupados.

Exemplos

O ciclo da oferta e procura se realiza. Na cidade de Araraquara, apenas para citar como exemplo, quase duas mil novas moradias foram entregues no curto espaço de dois anos.

Duas mil famílias, portanto, deixaram imóveis vagos. Algumas imobiliárias afirmam que, diante deste quadro, praticamente pararam de trabalhar com locação de imóveis populares, pois foi preciso se adaptar à nova realidade.

Em Marília, o setor imobiliário também teve que se adequar, quando o Governo do Estado entregou mais 880 unidades do Conjunto Paulo Lúcio Nogueira, inaugurado no 1º semestre de 98. Verificou-se um decréscimo no valor médio do aluguel em torno de 30%. Um apartamento de dois quartos e área em torno de 50 m2 era alugado, antes da entrega do conjunto, entre R$ 300 e R$ 350. Posteriormente, esse mesmo imóvel pode ser encontrado por um valor mensal entre R$ 200 e R$ 250.

Reação em cadeia

A partir dessas mudanças a reação vem em cadeia.O plano de habitação da CDHU gera milhares de empregos diretos e indiretos, além de movimentar ativamente o setor da construção civil, responsável por cerca de 9,5% do PIB nacional em termos de faturamento. É este segmento que também usufrui quase que imediatamente dos reflexos do programa “Sonho Meu”.

Assim que entram no novo imóvel, as famílias logo se organizam para trabalhar nas melhorias e ampliação das casas ou apartamentos. Isso se reflete na venda de materiais de construção. Com o passar do tempo, fica evidente o novo nível de vida dos mutuários da CDHU. Os empreendimentos ganham melhorias também externas como arborização, grades e portões. Se sobra dinheiro da prestação que é mais barata que o antigo aluguel, o mutuário ganha poder aquisitivo e investe nas suas condições humanas e materiais de vida.

As lojas de varejo, o comércio local em todas as regiões do Estado onde foram entregues moradias, registram demanda sensível por eletroeletrônicos, móveis, bens duráveis e até supérfluos.

Os benefícios diretos e indiretos dessa política habitacional se espalham por todo o Estado. Um novo conjunto popular da CDHU representa mais uma fatia da população com acesso ao saneamento básico, que diminui os riscos de doenças entre crianças e adultos. A saúde preservada mantém a força para o trabalho e a disposição para o estudo. É uma ciranda social.

Da Assessoria de Imprensa da CDHU
Por Silvio Albuquerque
Mais informações podem ser obtidas no site www.cdhu.sp.gov.br
V.C.