CDHU: Novas tecnologias adotadas tornam contas de consumo mais baratas

Desafio da companhia é tornar seus conjuntos habitacionais cada vez mais modernos sem aumento o preço

qua, 06/10/2004 - 9h07 | Do Portal do Governo

Investimentos em tecnologia de última geração vão baratear as contas de luz e água nos conjuntos habitacionais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). A iniciativa também facilitará o acesso à medição das contas de água, luz e gás. Em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, o conjunto Franco da Rocha F, é dotado de sensores de presença e luminosidade que acendem e apagam automaticamente as luzes quando da passagem de pessoas pelas escadas. Em Cafelândia, na região noroeste do Estado, outra inovação tecnológica está por vir: a edificação poderá utilizar energia solar para o aquecimento da água do chuveiro.

O presidente da companhia, Raul do Valle, informa que o desafio da empresa é tornar seus conjuntos habitacionais cada vez mais sofisticados e nem por isso mais caros.

Que tipos de tecnologias foram usadas pela CDHU nos seus conjuntos habitacionais?
Raul do Valle –Temos diversos tipos de tecnologias em nossos conjuntos, sendo alguns de última geração. Em São Paulo, nos empreendimentos Mooca B,C,D e E, os mutuários terão suas contas de água, luz e gás medidas individualmente, pois cada apartamento tem seu próprio medidor. E o que é mais moderno nesses prédios é que as medições serão realizadas a distância. As concessionárias poderão fazer a leitura por meio de uma conexão de sinais eletrônicos sem a necessidade de se dirigirem ao local. Não só a leitura: a concessionária poderá fazer também o corte e o religamento, tudo a distância. Nenhum conjunto habitacional em todo o País tem esse tipo de tecnologia. Outros prédios em construção na capital e no interior também começam a ser preparados para receber um sistema de hidrômetro individual. Esse sistema possibilita uma alternativa mais justa de utilização de água porque cada mutuário paga somente pelo que consumiu. Sensores de presença e luminosidade fazem parte dos avanços tecnológicos que estamos utilizando. Esses dispositivos substituíram o aparelho elétrico provido de mecanismo de relógio, conhecido como minuteria. Eles acendem e apagam automaticamente as luzes na entrada e saída de pessoas pelas escadas. Outros prédios na capital também têm esses equipamentos. Em Cafelândia, o conjunto Cafelândia C, com 50 unidades, vai utilizar energia solar para o aquecimento da água do chuveiro. A empresa Transem Aquecedor Solar, de Birigüi, doou os equipamentos à CDHU para efeito de teste. A água, ao ser aquecida pelo raio solar, reduz automaticamente o consumo no chuveiro – o grande “vilão” nas contas de energia elétrica. A mesma tecnologia será utilizada no conjunto da CDHU em construção na cidade Atibaia. Ao todo, serão 140 unidades.

Quem se beneficia diretamente com essas iniciativas?
RV – Ganha o mutuário e ganha a CDHU. No fim das contas, o mutuário passa a pagar menos pela energia elétrica e, ao mesmo tempo, condomínio menor. Com mais dinheiro no bolso, ele pode pagar as prestações com mais facilidade. Assim, reduz-se a inadimplência.

Quanto a CDHU investiu nessas tecnologias ?
RV – Nos conjuntos de Franco da Rocha, Cafelândia e Atibaia utilizamos equipamentos doados. Portanto, não custaram nada. Já o Projeto da Mooca é piloto. Caso seja aprovado, a companhia poderá instalá-lo em outros empreendimentos. O valor total para implantá-lo foi R$ 252.205,52. Cada medidor custou R$ 481,31 – cada apartamento tem o seu.

Quem desenvolveu a tecnologia ?
RV – A CDHU, por meio do programa da Qualidade da Construção Habitacional do Estado de São Paulo (Qualihab), foi quem teve a iniciativa de desenvolver o sistema e a Eletropaulo criou um mecanismo de interligação de dados a partir de leitura compartilhada de consumo de energia elétrica, água e gás. Os medidores de água e gás comunicam-se como o medidor de energia elétrica, que armazena as informações de consumo. Esses dados são concentrados e transmitidos via telefone celular, telefonia fixa, ou rádio e enviadas para a Eletropaulo. A CDHU, a Construtora Schahin e a Eletropaulo são as empresas envolvidas no projeto.

Quantas unidades habitacionais foram entregues no Estado este ano ?
RV – De janeiro a agosto deste ano foram entregues no Estado 8.515 unidades, num investimento de R$ 229,9 milhões. Na capital, foram 2.669 unidades, com investimentos de R$ 106,1 milhões.

Da Assessoria de Imprensa da CDHU
Da Agência Imprensa Oficial

(AM)