Casa do Adolescente oferece assistência médica, odontológica e atividades gratuitas

Unidade faz parte do Programa Estadual de Saúde do Adolescente

qui, 21/11/2002 - 12h17 | Do Portal do Governo

Um grupo de jovens toca violão numa área coberta enquanto outro conversa ao pé de uma das árvores. A cena seria comum se os adolescentes estivessem numa escola, parque ou praça. Porém, isso acontece diariamente nos fundos de um Centro de Saúde localizado no bairro de Pinheiros, Zona Oeste da Capital. É lá que funciona a Casa do Adolescente.

Parte do Programa de Saúde do Adolescente do Governo do Estado de São Paulo, o espaço oferece atendimento médico e odontológico, além de atividades em grupo, como música, línguas, teatro e artesanato. Tudo de graça.

Ana Carolina Maximiano Melo, de 16 anos, participa do programa há poucas semanas. Ela mora em Guarulhos, na Grande São Paulo, e soube da existência da Casa do Adolescente por uma amiga de escola. Já foi atendida pelo clínico geral, psicólogo e nutricionista. ‘Eu só comia besteiras. Desde que comecei a passar pela nutricionista, sinto que meu ânimo melhorou. Além disso, emagreci dois quilos’, conta.

Todo adolescente pode participar das atividades oferecidas na unidade, basta ter mais de 10 anos de idade e fazer a matrícula, que é gratuita. Assim que se inscreve, o jovem passa pelo primeiro dos muitos grupos disponíveis, que é o ‘Grupo de Novos’.

Uma equipe multidisciplinar reúne os iniciantes para uma conversa bastante informal, onde os adolescentes colocam suas dúvidas e expectativas. Em seguida, os jovens podem passar por um ou mais especialistas à disposição, que vão desde clínicos gerais até ginecologistas, pediatras, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e dentistas. Há também oficinas de música, teatro, artesanato e línguas, entre outras.

A Casa do Adolescente recebe diariamente cerca de 150 jovens. De acordo com a coordenadora do programa, Albertina Duarte Takiuti, desde que foi inaugurada, no final de 1993, a unidade já recebeu mais de 15 mil adolescentes. Cada um passa, em média, por cinco consultas, além das atividades oferecidas.

‘Esta casa ficou pequena para tantos adolescentes, mas eles não se importam com isso e usam todos os espaços disponíveis. As atividades acontecem embaixo de árvores, na área externa e em todas as salas, por menores que sejam’, emociona-se a coordenadora.

As ações básicas desenvolvidas na Casa do Adolescente são voltadas ao crescimento e desenvolvimento do jovem, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, imunização, anticoncepção, pré-natal de baixo risco e aspectos educativos. ‘Aqui todas as queixas são ouvidas e trabalhadas’, afirma Takiuti.

Cíntia Cury

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