Campanha do Agasalho 2005 traz novidades no Interior do Estado

Exemplo disso é o município de Jales, que armou um grande bazar.

qui, 07/07/2005 - 17h51 | Do Portal do Governo


A Campanha do Agasalho 2005, do Fundo Social de Solidariedade, presidido por Lu Alckmin, está atingindo sua meta: além do gesto da doação, o objetivo é levar a sociedade à reflexão sobre solidariedade, sobre o verdadeiro significado da vida e o papel de cada um de nós na construção de um mundo melhor. Além dos vários grupos do governo, da sociedade civil e de parceiros, as presidentes de Fundos Municipais dos municípios do Estado também participam ativamente da Campanha.

Há muito empenho e envolvimento por parte de todos, e em cada canto realizam uma iniciativa diferente. Um exemplo de idéia inovadora ocorreu no município de Jales, que desenvolveu um trabalho de conscientização, arrecadando cerca de 40 mil peças. Montaram um grande bazar, onde tudo foi doado ou vendido a valores simbólicos para um público de 223 pessoas por dia.

Campanha Inovadora

Tudo começou diante do grande desafio de contribuir com a inclusão social. Após amplo debate, o conselho municipal do Fundo Social de Solidariedade de Jales, representado por sua presidente, Rosangela Maria Alves de Souza Parini, optou por realizar uma Campanha do Agasalho diferente dos anos anteriores.

O início foi o trabalho de conscientização da população sobre o conceito de solidariedade. Todas as residências do município receberam um panfleto explicativo sobre a Campanha do Agasalho junto com a conta mensal da SABESP.

Para arrecadar as peças, foi promovido um arrastão. Dez equipes, cada uma composta por um carro de som para anunciar o comboio, uma caminhonete para armazenar as arrecadações, um carro da polícia militar e muitos voluntários percorreram todos os bairros da cidade recolhendo doações de porta em porta. O resultado surpreendeu a todos. Bateu recorde em termos de quantidade e qualidade.

Após o arrastão foi feita uma triagem. As peças que estavam em estado muito ruim foram separadas. As sujas foram lavadas. Algumas tiveram pequenos reparos e outras ainda foram passadas a ferro.

Em seguida, ficou decidido que os agasalhos da Campanha seriam oferecidos à população carente de uma forma inovadora, em um grande bazar. Surgiu assim o “Bazar Solidário”, onde toda a sociedade foi articulada e convidada a participar da Campanha. A idéia principal foi dar o direito de escolha para todos, garantindo sua dignidade e cidadania. Quem ganhava menos de dois salários mínimos recebeu as peças gratuitamente e os demais pagaram por elas valores simbólicos, de R$ 0,20 a R$ 1,00.

Para a realização do bazar, um prédio no centro da cidade foi cedido ao Fundo Municipal. As doações foram levadas para o local, formando verdadeiras montanhas de peças, entre roupas diversas, agasalhos, cobertores e calçados. Tudo foi adequadamente disposto em cabides, estantes ou prateleiras, separadas por sexo e tamanho. Os calçados tinham um lugar reservado. O Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp) ainda doou 15 sacolas de cobertores, que foram revestidos de tecido estampado e transformados em edredons por voluntários.

Posteriormente, as famílias previamente cadastradas na Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Promoção Social receberam senhas em suas casas informando os dias que deveriam visitar o bazar, conforme a letra do seu nome.

Funcionamento do Bazar

O critério de limites de peças era correspondente ao número de pessoas que compunham a família, também contido nas senhas.

Do meio dia até as nove da noite, o bazar estava à disposição das famílias que iriam comprar as roupas a preços simbólicos. Os edredons e agasalhos novos (casacos e blusas pesadas com etiquetas, sem uso) custavam R$ 1,00. Qualquer outra peça de adulto ou cobertores usados custavam R$ 0,50, e qualquer peça infantil, nova ou não, custava R$ 0,20. Cada cinco pares de meias, ou cinco peças íntimas, custavam também R$ 0,20.

A última semana foi reservada ao funcionalismo público cuja renda também é inferior a dois salários mínimos. Após todos os cadastrados serem contemplados, o bazar abriu as portas para a população em geral. Após o término do bazar, as roupas que sobraram foram separadas e estão sendo recicladas na escola de costura.

Adriana Fares