O secretário da Agricultura e Abastecimento, Duarte Nogueira, lançou no sábado, dia 1.º, no Parque de Exposições Jacob Tosello, em Presidente Prudente, a Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa e Raiva dos Herbívoros.
Aberta na região do maior rebanho do Estado, com 2,5 milhões de cabeças, a campanha vai até 30 de novembro e é obrigatória em todo o rebanho bovino e bubalino do Estado. Ao mesmo tempo, ocorre a imunização contra a raiva de herbívoros (eqüinos, ovinos, caprinos, bovinos e bubalinos), obrigatória nas regiões de Botucatu, Bragança Paulista, Campinas, Franca, Guaratinguetá, Itapetininga, Itapeva, Limeira, Mogi das Cruzes, Mogi Mirim, Orlândia, Pindamonhangaba, Piracicaba, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São Paulo e Sorocaba.
A campanha tem por objetivo atingir 100% do rebanho paulista, que chega a mais de 14,2 milhões de animais, de acordo com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. “A meta é superar o índice de cobertura alcançado na primeira etapa de vacinação, em maio deste ano”, disse o secretário.
Durante a primeira fase da campanha realizada em maio, 99,4% do rebanho foram vacinados, resultando no melhor desempenho da história do Estado. O número superou em 0,1 ponto percentual a marca alcançada na campanha de novembro de 2002, quando 99,39% do rebanho estadual foram imunizados. No total, 14.123.264 de cabeças pertencentes a 40 Escritórios de Defesa Agropecuária Regionais do Estado foram vacinadas nessa primeira etapa de vacinação de 2003.
Os criadores que deixarem de vacinar seus animais durante a campanha obrigatória receberão a visita de técnicos da Defesa Agropecuária e serão penalizados com multas no valor de cerca de R$ 65 por cabeça. “Além da autuação da Secretaria, os criadores serão obrigados a vacinar os animais. Nossa intenção é aumentar a vacinação”, afirmou o secretário.
Em relação à raiva dos herbívoros, na primeira etapa de vacinação, o índice de cobertura em 18 regiões do Estado, geralmente onde há presença de morcegos, foi de 98,62%. Foram vacinados 3,4 milhões de cabeças nessas regiões.
Gado livre de doenças torna o Estado responsável por mais de 70% das exportações brasileiras de carne bovina
Há cerca de oito anos, São Paulo não registra nenhum foco da doença. Atualmente, o Estado, que integra o Circuito Pecuário Centro-Oeste, é considerado zona livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Internacional de Epizootias (OIE). Com sede em Paris, a OIE é a única organização mundial normativa encarregada de exercer a vigilância sobre a segurança sanitária do comércio mundial dos animais e de seus produtos. “Isso também é o resultado em parceria: governo, iniciativa privada e produtores”, lembrou Duarte Nogueira.
O controle da doença no território paulista é um dos fatores responsáveis pelo desempenho das exportações de carne bovina. Mesmo com o sexto rebanho do País, com 14,2 milhões de cabeças, São Paulo é responsável por 70,8% das exportações brasileiras de carne bovina.
Entre janeiro e setembro deste ano, as exportações de carne bovina atingiram US$ 769,02 milhões, um crescimento de 31,2% sobre o valor registrado no mesmo período de 2002. Nesses meses, a cadeia bovinos foi o destaque nas exportações do agronegócio paulista. Os embarques de leite, carne e couro atingiram US$ 1,107 bilhão, 26% maior que o valor registrado no mesmo período do ano passado.
No ranking do valor da produção agropecuária de 2002, a carne ocupa a segunda posição, atrás da cana-de-açúcar. No ano passado, a carne representou 16,10% do valor da produção ou R$ 3,4 bilhões. Já a cana-de-açúcar atingiu R$ 5,9 bilhões , 28,26% do valor da produção agropecuária paulista, que foi de R$ 20,9 bilhões. Mais informações no site (www.agroportal.sp.gov.br) .
Lilian Santos
