Bird libera US$ 209 milhões para Linha 4 do Metrô

‘É a mais importante linha do metrô de São Paulo, e vai ligar o bairro da Luz, na região Central, à Vila Sônia, na Zona Oeste, passando pelas áreas da Consolação, Avenida Paulista e bairro de Pinheiros’, disse Alckmin, após a assinatura do financiamento.

A primeira fase das obras exigirá recursos de US$ 934 milhões, sendo US$ 194 milhões da iniciativa privada. Dos US$ 740 milhões restantes, US$ 209 milhões virão do Banco Mundial e outros US$ 209 milhões do Japan Bank International Corporation – JBIC. Os US$ 322 milhões restantes são provenientes do Tesouro. Alckmin espera começar a obra no fim deste ano, para estar pronta em quatro anos.

‘Com a assinatura do contrato, o Banco Mundial deu uma demonstração de confiança em São Paulo e no Brasil, na seriedade do ajuste das contas públicas que o governo de São Paulo fez,’ disse Alckmin, ao comentar o atual nervosismo exagerado do mercado. A vice-presidente em exercício do BIRD, Jane Armitrage, elogiou a capacidade do Metrô de São Paulo no planejamento da Linha 4 por ‘sua originalidade e importância para beneficiar a classe trabalhadora.’

O governador destacou que essa será a primeira linha de metrô a ser construída com a participação da iniciativa privada. Denominado BOT (Build, Operate and Transfer), o modelo de concessão da Linha 4 prevê que o Governo do Estado assuma os custos de infra-estrutura básica.

O concessionário ficará responsável pela parte de acabamento, sistemas e material rodante. Como retorno, explorará a operação da linha por 30 anos. Depois desse período, o empreendimento voltará ao Estado.

O custo total do projeto é de US$ 1,262 bilhão, dos quais 60% serão provenientes do Governo do Estado e o restante da iniciativa privada. Na segunda etapa, que terá mais seis estações, a iniciativa privada deverá arcar com os US$ 328 milhões restantes para a conclusão da obra.

Futuramente, a Linha 4 deverá ser estendida até o município de Taboão da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. Quando estiver totalmente concluída, terá 17 quilômetros de extensão, 14 estações e atenderá a uma demanda estimada de 940 mil passageiros por dia.

Expansão do Metrô

Alckmin lembrou que a greve dos motoristas de ônibus em São Paulo reforça a necessidade de investimentos em transporte sobre trilhos de alta capacidade e qualidade. ‘Temos muito pouco metrô, só 49 km para uma metrópole com mais de 10 milhões de habitantes’, disse o governador ao destacar as obras e projetos em andamento.

Dentro de cinco anos o Metrô de São Paulo deverá ter um acréscimo de 91 quilômetros em suas linhas. Além da Linha 4, o Governo do Estado está construindo a Linha 5 – Lilás ( Capão Redondo – Largo Treze), numa extensão de 9,4 quilômetros e seis estações. Serão atendidos 350 mil passageiros por dia e o custo do projeto é de US$ 646 milhões.
Futuramente, será construído o segundo trecho ligando o Largo treze à Chácara Klabin, passando pela Estação Santa Cruz, da Linha 1 – Azul. Quando totalmente pronta, a Linha 5 terá 19,8 quilômetros e 17 estações.

Também já está programada a extensão Ana Rosa – Sacomã da Linha 2 – Verde, que terá cinco quilômetros, quatro estações e demanda de 310 mil passageiros por dia. O custo do projeto é de cerca de R$ 1 bilhão.

Além disso, duas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) serão transformadas em metrô: a Integração Centro, que será inaugurada dentro de 30 dias, ligando as estações Brás e Barra Funda, com investimentos de US$ 95 milhões, numa extensão de 29 quilômetros e demanda prevista de 500 mil passageiros por dia; e a Linha C (Osasco – Jurubatuba), futura Linha 7- Celeste do Metrô, com investimento de US$ 222 milhões, 24 quilômetros de extensão, 15 estações e demanda de 100 mil passageiros por dia. Esse número subirá para 300 mil passageiros quando estiver integrada às linhas 4 e 5.