Banco Mundial dá sinal verde a Projeto de Corredor de Ônibus na região de Campinas

Projeto tem custo estimado de R$ 122 milhões

seg, 15/03/2004 - 19h55 | Do Portal do Governo


O representante do Banco Mundial (Bird), Jorge Rebelo, mostrou-se favorável ao projeto do Corredor Metropolitano de Ônibus Noroeste do Estado, que ligará cinco municípios da região de Campinas, numa extensão de 37 quilômetros. “É um projeto bem desenhado. Estou convencido que o designer é bom. Recebemos com bons olhos a possibilidade de financiar”, disse Rebelo.

O projeto inicial foi apresentado a Rebelo, pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, durante reunião na Secretaria, na tarde desta segunda-feira, dia 15. O Corredor vai integrar as cidades de Americana, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia com Campinas. Monte Mór e Santa Bárbara do Oeste também poderão se beneficiar com o projeto.

O Corredor Metropolitano Noroeste vai atender mais de 800 mil pessoas, além da população de Campinas. Para Fernandes, o novo corredor vai criar uma nova polarização na urbanização e desagregar o fluxo intenso de coletivos nas Rodovias Anhangüera e Francisco Aguirra Proença (SP-101) – estrada que liga Campinas a Monte Mór . Segundo ele, a prioridade da Secretaria é investir no transporte de massa. “O projeto tem caráter urbanístico e de segurança.”

Fernandes ainda acrescentou que o Corredor Noroeste vai preparar a região de Campinas para o futuro. “No caso de um forte adensamento, podemos melhorar os ônibus, até se chegar na fase de um pré-Metrô. Esse Corredor integra, muda o eixo da urbanização e vê o futuro 20 ou 30 anos”.

Recursos

O custo estimado para a implantação do Corredor é de R$ 122 milhões, dos quais 93 milhões são referentes a obras viárias e construção de sete terminais e R$ 29 milhões na compra de ônibus. “Há viabilidade de financiar, pelo seu baixo custo e grande impacto na população de baixa renda”, acrescentou o representante do Bird.

O secretário aproveitou para explicar outros benefícios. A racionalização, que conterá custos por meio de um serviço mais eficiente, impedindo a criação de linhas aleatórias, e consequentemente o aumento das tarifas; a localização do Corredor entre 500 a 800 metros das regiões centrais dos municípios envolvidos; a escolha do traçado, que inclui faixa de alta tensão desativada da Rede Ferroviária Federal; e exigir um número mínimo de desapropriações.

Outro ponto destacado por Fernandes foi que o Corredor será alimentado por microônibus, que agregam em terminais dando maior freqüência para desembocar na outra cidade. “Para a população é a garantia de ter um transporte de boa freqüência e moderno, além dos bilhetes integrados”.

Encerrando a reunião, o representando do Bird disse ser fundamental o acordo entre os diversos municípios. Também, que os prefeitos estejam dispostos na área do entorno fazer as modificações no uso do solo.

Segundo o secretário, entre julho e outubro do ano passado a Secretaria, por meio da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) realizou uma série de reuniões com todas as prefeituras envolvidas. Concluídas as discussões, foram firmadas parcerias de cooperação técnica para o seu desenvolvimento.

Jurandir Fernandes informou que o próximo passo será aprovar todas as questões ambientais e conversar com o mercado para alavancar recursos da iniciativa privada a fim de desonerar o Estado e concluiu: “Estou muito satisfeito pelo Banco Mundial ter dado sinal verde. Deu para perceber que o projeto se encaixa na filosofia do Banco.”

Lilian Santos