Banco do Povo Paulista está à disposição de 40% da população do Estado

Mais da metade dos tomadores de empréstimo são mulheres e 76% estão no mercado informal

qua, 17/04/2002 - 10h46 | Do Portal do Governo

Assinatura de 18.322 contratos já beneficiaram 69.020 pessoas

Com 157 unidades em funcionamento, o Banco do Povo Paulista já está à disposição de 40% da população do Estado. Oferece linhas de crédito a micro e pequenos empreendedores, que variam de R$ 200 a R$ 5 mil para pessoa física e até R$ 25 mil para cooperativas. Os juros são os menores do mercado, 1% ao mês, e o prazo para pagamento é de até 18 meses.

Implantado pelo Governo do Estado em 1998, o Banco do Povo Paulista é um sucesso. Desde o início das operações até o último dia 31, já emprestou R$ 41,8 milhões a micro e pequenos empreendedores formais e informais que teriam dificuldade para obter crédito em bancos tradicionais. Ao todo, foram assinados 18.322 contratos, que beneficiaram 69.020 pessoas. Dessas, 52% são mulheres e 76% atuam no mercado informal. A maioria, 69%, procurou o Banco do Povo para obter investimento fixo, como aquisição de máquinas, equipamentos ou ferramentas. Outros 20% utilizaram o serviço para obter capital de giro, para a compra de mercadorias e matérias-primas e 11% obtiveram empréstimo misto. Quase metade dos financiamentos, 48%, foram concedidos ao setor de serviços. O comércio ficou com 44% dos empréstimos e a indústria, 8%.

Regras para obter empréstimo no Banco do Povo Paulista

Para obter financiamento no Banco do Povo Paulista, as pessoas jurídicas ou pessoas físicas (exceto funcionários públicos) devem trabalhar por conta própria ou ter um negócio que complemente a renda familiar. O programa também atende cooperativas ou outras formas de associação que sejam legalmente constituídas e associem o trabalho à gestão do empreendimento.

O tomador de empréstimo deve residir ou ter negócio há mais de dois anos no município onde for solicitar o crédito e ter endereço fixo. Também deve estar produzindo há mais de seis meses, no setor formal ou informal. Outra exigência é que a pessoa tenha nome limpo no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou Serasa e tenha ganho bruto menor que R$ 87,3 mil nos últimos 12 meses.

Os interessados devem solicitar a visita técnica de um Agente de Crédito, que irá ao local de trabalho para conhecer melhor o candidato e seu negócio e obter as informações necessárias para formalizar a solicitação de crédito. A solicitação será submetida a aprovação do Comitê de Crédito Municipal, formado por representantes do Estado, da prefeitura e da sociedade civil. Se o empréstimo for aprovado, o Agente de Crédito comunica o solicitante sobre a data para a assinatura do contrato e formalização das garantias na agência do Banco Nossa Caixa. A partir daí, o crédito é rapidamente disponibilizado. O tomador do empréstimo não recebe dinheiro, mas um cheque nominal ao fornecedor da matéria-prima ou investimento fixo.

As garantias exigidas são avalista e alienação fiduciária de 100% dos bens financiados ou outras garantias que o Comitê de Crédito Municipal julgue necessárias. O avalista, que pode ser parente de 1º grau desde que não more na mesma casa, deve ser pessoa física, sem restrições no SPC ou Serasa e que comprove capacidade de pagamento das parcelas do crédito.

Documentos necessários

Os documentos necessários para quem trabalha por conta própria e não é registrado são carteira de identidade dos sócios e cônjuges, CPF dos sócios e cônjuges, comprovante de residência dos sócios e três orçamentos do bem a ser financiado.

Já quem tem empresa registrada deve apresentar contrato social e alterações, cartão CNPJ, cartões de Inscrição Estadual e Municipal, carteira de identidade dos sócios e dos cônjuges, CPF dos sócios e dos cônjuges, comprovante do residência dos sócios e três orçamentos do bem a ser financiado.

Os avalistas devem apresentar carteira de identidade, CPF e comprovantes de residência e de rendimentos.

O Banco do Povo Paulista não financia a aquisição de insumos para o setor agropecuário, como sementes, fertilizantes e animais; pagamento de dívidas; aquisição de veículos de passeio; e atividades ilegais, como comercialização de produtos contrabandeados, fabricação e comercialização de produtos com marcas pirateadas e itens que firam as leis ambientais.

Cíntia Cury