O Banco do Povo Paulista fechou o balanço de maio colocando nas mãos de 1.400 correntistas cerca de R$ 3,4 milhões. Os financiamentos beneficiaram mais de cinco mil pessoas. Foi o maior volume de dinheiro emprestado desde a abertura de sua primeira agência em 1998.
Neste semestre o banco encaminhou para aprovação mais de cinco mil contratos, totalizando R$ 12,8 milhões, número que deve superar a soma de investimentos do ano passado, de R$ 20,7 milhões.
Até agora o governo estadual liberou recursos de mais de R$ 48 milhões pulverizados em 20 mil contratos. Os financiamentos vão de R$ 5 mil para pequenos negócios e até R$ 25 mil para cooperativas e associações de trabalho. Coordenado pela Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho, o Banco do Povo gera emprego e renda.
Os negócios na informalidade perfazem a maioria. São cerca de 77% dos contratos do banco, liberados com pequena taxa de juro, de 1% ao mês sobre o saldo devedor. ‘Nossos clientes estão na base da pirâmide’, diz o secretário de Emprego e Relações do Trabalho, Fernando Leça. Ele explica que o foco do Banco do Povo está no cliente que não tem garantias, ou seja, não tem como derrubar a burocracia dos bancos tradicionais para emprestar dinheiro. O Banco do Povo não cobra aberturas de crédito e cadastros, taxas usualmente utilizadas na rotina dos bancos tradicionais.
Existem regras para a liberação do crédito. O empreendedor deve trabalhar há seis meses no ramo e residir há dois anos no município e o seu nome não pode estar na lista negra no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
No caso de microempresa, é necessário que o faturamento bruto anual seja inferior a R$ 87,3 mil. O prazo de pagamento para capital de giro é de seis meses e de 18 meses para investimentos fixos. Comparando com a inadimplência dos grandes bancos que gira em torno de 15% o índice do Banco do Povo Paulista é bem mais modesto, cerca de 2%.
Alcindo Garcia
