Avança em São Paulo qualidade da educação e saúde

Índice Paulista de Responsabilidade Social faz radiografia dos 645 municípios do Estado e mostra avanços na qualidade de vida e estabilidade na renda

qui, 18/09/2003 - 18h05 | Do Portal do Governo

A qualidade da educação e da saúde avançou no Estado de São Paulo entre 1997 e 2000, de acordo com o IPRS (Índice Paulista de Responsabilidade Social) elaborado pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) com base no Censo 2000. O estudo faz uma radiografia dos 645 municípios do Estado, nos itens riqueza, longevidade e educação, mostrando ainda os esforços feitos nas cidades para a melhoria da qualidade de vida da população.

Os resultados no setor da escolaridade foram excepcionais: o índice médio passou de 53, em 1992, para 71, em 1997, e atingiu 87, em 2000. A nova pesquisa, divulgada nesta quinta-feira na Assembléia Legislativa, mostra que a proporção de paulistas com mais de um ano de estudo no ensino fundamental (na faixa de 10 a 14 anos de idade) passou de 93,6% para 95,7% no período.

Entre os que têm de 19 a 24 anos de idade e que completaram o ensino médio a evolução foi maior ainda: o percentual subiu de 30,2% para 44,6%. E a proporção de jovens de 15 a 19 anos que concluíram o ensino fundamental saltou de 49,1% para 65,6%, de 1997 para 2000.

Chama a atenção o caso da Região Administrativa de Barretos, que elevou em 21 pontos a avaliação de escolaridade. A região mais bem posicionada é a de São José do Rio Preto, seguida de Araçatuba e Presidente Prudente. As que ocupam as últimas colocações são as de Franca, Sorocaba e Registro.

Saúde e longevidade

Os indicadores de saúde também apresentaram boa evolução no período – de 60 pontos para 65 – refletindo quedas nos índices de mortalidade infantil, perinatal e entre os habitantes com mais de 60 anos de idade. Com relação à longevidade, os progressos foram generalizados, embora com intensidades diferentes nas diversas regiões administrativas, merecendo destaque as de Registro e Sorocaba, que avançaram seis pontos.

Em 2000, a região mais bem posicionada nesse aspecto era a de São José do Rio Preto, que já ocupava esta posição em 1997. As piores colocadas em 1997 mantiveram o posto em 2000: São José dos Campos, Registro e Região Metropolitana da Baixada Santista. A região de Ribeirão Preto passou da sexta para a segunda posição e a de Araçatuba, do segundo para o quarto lugar.

O levantamento mostrou que no período, o IPRS manteve-se estável em 60 pontos no item riqueza. Apenas as regiões metropolitanas de São Paulo (a líder do ranking) e da Baixada Santista (a quinta colocada) ampliaram (em um ponto) seus índices de riqueza. As demais tiveram redução –em Ribeirão Preto foi de dois pontos – ou estabilidade – casos de Campinas e São José dos Campos, que estão em segundo e em terceiro lugares no ranking de riqueza.

No mesmo período, o rendimento médio dos assalariados do setor formal caiu de R$ 854 para R$ 806 e o valor que o Estado arrecada anualmente por habitante, de R$ 5.141 para R$ 4.890.

O IPRS é um sistema de indicadores socioeconômicos de cada município do Estado. Mantém os mesmos princípios do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – que propugna a insuficiência da renda per capita como único indicador das condições de vida da população – porém acrescenta outros fatores como a escolaridade e a longevidade para a obtenção de um quadro mais completo.

Todos os dados do IPRS podem ser consultados no site da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no ícone IPRS.