Até o final do ano todas as escolas do Estado de São Paulo terão computadores

Em 84% das 5.786 instituições de ensino estaduais foram instalados laboratórios de informática com acesso à Internet

qua, 06/07/2005 - 13h40 | Do Portal do Governo

A inclusão digital de alunos e professores da rede estadual paulista chegou a 84% das escolas no mês de junho. A previsão é que, até o final do ano, o Projeto Universalização da Informática alcance todas as 5.786 escolas e cumpra a meta de que nenhum estudante paulista esteja fora do mundo virtual.

Além dos laboratórios, o programa de informatização, planejado pela Secretaria de Educação, prevê cursos em diferentes estágios para professores e alunos. A capacitação de informática aos professores abrange o uso dos equipamentos e a possibilidade de os educadores realizarem pesquisas e projetos inovadores. Nos laboratórios de informática, os estudantes aprendem a usar o computador e têm à disposição softwares de reforço escolar.

Podem navegar e pesquisar diferentes temas na Internet, participar de chats e acessar áreas dedicadas aos jovens no site da própria Secretaria da Educação. Para muitos, o computador da escola é o primeiro contato com o mundo virtual.

Giz, lousa e computador – A Escola Estadual Afiz Gebara, localizada no Capão Redondo, zona sul, foi uma das primeiras a adotar os programas pedagógicos Trilhas de Letras e Números em Ação.

O primeiro destina-se aos que têm dificuldades com a Língua Portuguesa, mais especificamente no que tange às questões de leitura e produção de texto. O segundo supre e monitora deficiências de compreensão da Matemática. “Esses softwares funcionam como facilitadores na aprendizagem. E não é só. Até o comportamento dos estudantes em sala de aula está melhorando com o uso dessa tecnologia”, constata a professora de Matemática Luana Lodi, que costuma levá-los ao laboratório de informática.

A aluna Jéssica Alencar encontrou no programa um aliado. “Era muito ruim nessa disciplina. Depois de aprender a calcular no computador minhas notas melhoraram.” Seu colega, Kelvin Cavalcanti, teve a oportunidade de usar o equipamento na escola porque não tem em casa. Agora, sei desenhar no Paint, fazer conta, procurar o significado das palavras no dicionário, pesquisar na Internet e brincar com os jogos. Estou aprendendo no computador e não tiro mais notas baixas.”

Outra escola estadual que acrescentou a ferramenta aos tradicionais giz e lousa é a Luiza Mendes, situada no Parque São Lucas, zona leste. Usuária recente da sala de informática da escola, Bárbara Marto Bernal está habituada a acessar a rede em casa e a se divertir com os joguinhos. “Aqui também é fácil e rápido como na minha casa”, comenta.

Sua colega Karolina Ferraz Pedicino nunca havia teclado. “Nem sei direito como liga. Tenho medo de apertar o botão errado. O monitor acessa e isso me ajuda a entrar na Internet. Gosto de brincar e estudar no site da tevê Cultura”.

Aluno monitor – As atividades nos laboratórios de informática contam com o apoio do Programa Aluno Monitor, que prepara estudantes para auxiliar professores e outros alunos. Fora do horário das aulas, ajudam os colegas a utilizar as máquinas, pesquisar na Internet, gravar arquivos em disquetes, elaborar currículos ou simplesmente encontrar amigos em salas de bate-papo. As salas de informática podem ser utilizadas pela comunidade nos fins semana, interagindo ao Programa Escola da Família.

Os computadores somam-se às diversas atividades culturais, esportivas, de qualificação para o trabalho e de saúde promovidas pelo programa em todas as escolas da capital e do interior do Estado. Os internautas da comunidade também recebem orientação dos monitores. O diretor-presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), Tirone Lanix, explica que o programa de informatização nas escolas se baseia no tripé criação de infra-estrutura tecnológica nas escolas, inclusão digital do professor e do aluno monitor e inclusão digital da comunidade do bairro.

Claudeci Martins – Da Agência Imprensa Oficial