A partir do dia 25 de julho estarão expostos na Galeria Marta Traba os trabalhos da argentina Anahí Roitman, cuja pintura é povoada por objetos-símbolos da cultura erudita geometricamente estruturados na tela. Além de várias exposições individuais em seu país, participou de coletivas nos EUA, Alemanha, Holanda e Inglaterra. Algumas de suas obras hoje fazem parte de coleções privadas no E.U.A, na Inglaterra, Suíça, Holanda, Argentina, Uruguai, Chile, Brasil e Colômbia.
Livros, fotografias, telas, partituras, cavaletes, violinos, papéis avulsos, material para pintura, tudo isso dentro das telas de Anahí Roitman em cores, forma e conteúdo. A temática de Anahí é uma referência à expressão artística e suas representações, que dialogam em sua obra, a dança, a música, o desenho, a pintura em si. Trabalha com simplicidade, construindo e combinando formas, parecendo dar vida própria ao aparentemente inerte, algo de onírico e suave relacionados ao tempo, à vida erudita, às lembranças.
Podemos descolar de seus conteúdos alusões a grandes expressões da pintura moderna e contemporânea, como Braque e a colagem cubista na busca da tridimensionalidade, o objeto facetado saindo da tela. A perspectiva, composição e arranjo do espaço remetem ao pós – impressionista Cézanne. Jovem e em evolução, Anahí Roitman expõe no Memorial os seus recentes experimentos técnicos. É ela mesma quem explica: “Pinto sobre tela, madeira, paletas, papiros etc. Minha última incursão tem sido no território da colagem sobre madeira, utilizando metais, tela e diferentes papéis. Com essa técnica realizei a obra de maiores dimensões em minha carreira, Lecturas en 3 capítulos, de 2.10 x 4.80 m, uma biblioteca imensa”, que estará exposta na Galeria Marta Traba.
