Aprovação da reforma previdenciária em São Paulo é um exemplo para o Brasil

Alckmin disse que o sistema de pagamento dos benefícios entraria em colapso nos próximos anos

ter, 17/06/2003 - 18h13 | Do Portal do Governo

Alckmin disse que o sistema de pagamento dos benefícios entraria em colapso nos próximos anos

A aprovação da Reforma da Previdência pela Assembléia Legislativa Paulista vai garantir o pagamento de aposentadorias e pensões em São Paulo e evitará que o sistema entre em colapso nos próximos anos. O governador Geraldo Alckmin disse nesta terça-feira, dia 17, em entrevista à imprensa no município de Jaguariúna, que a aprovação paulista foi um ato de responsabilidade e um exemplo para o Brasil.

No ano passado, o Governo do Estado arrecadou R$ 1,5 bilhão para a previdência, mas pagou R$ 9 bilhões entre aposentadorias e pensões. “É um déficit de R$ 7,5 bilhões que a sociedade paga”, explicou Alckmin. Segundo ele, sem as correções que foram feitas, o pagamento dos benefícios estaria em risco. “Teríamos graves problemas no futuro”, observou.

Com as novas regras, que aumenta de 6% para 11% a contribuição dos servidores, será possível brecar o crescimento do déficit da previdência. O governador assegurou que todo o dinheiro arrecadado com o acréscimo será destinado exclusivamente ao pagamento dos aposentados e pensionistas. “Este é o objetivo do projeto. Nós governantes temos de trabalhar no presente com os olhos no futuro”, disse.

Outra novidade anunciada por Alckmin é a de que o Estado irá pagar 100% do valor da pensão, a partir de 1º de janeiro de 2004. “O Estado sempre pagou 75%, mas parte dos pensionistas entrou na Justiça e ganhou os 100%. Então, para não haver diferenças, vamos pagar 100% para todos, independentemente de decisão judicial”, explicou, acrescentando que a medida anterior beneficiava os pensionistas com salários maiores, que têm acesso a advogados e a mais informações.

A aprovação da reforma na Assembléia Legislativa foi realizada com 61 votos, sendo que apenas 48 bastavam para o projeto passar. “Foi quase unânime, com exceção dos deputados do PT, que recusam aqui o que pedem em Brasília”, afirmou o governador.

Rogério Vaquero