Apresentador Silvio Santos defende atuação do governador Geraldo Alckmin e da Polícia paulista

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sex, 31/08/2001 - 12h25 | Do Portal do Governo

Silvio Santos afirma, em emissora de rádio, que poderia ter morrido se o governador Geraldo Alckmin não tivesse ido à sua casa

Em entrevista concedida à Rádio Jovem Pan, na manhã desta sexta-feira, dia 31, o empresário e apresentador Silvio Santos defendeu a presença do governador Geraldo Alckmin para o fim da ação do seqüestrador Fernando Dutra Pinto.

Entrevistador: E atenção. Estamos recebendo aqui um telefonema de Silvio Santos. Bom dia, Silvio Santos!

Silvio Santos: Quem está falando?

Josival Peixoto: É Josival.

Sílvio Santos: Oi, Josival. Eu estava vindo para cá de carro, para o SBT, e estava ouvindo o seu comentário em relação ao governador. Eu posso garantir a você que se o governador não fosse ontem até minha casa, eu tenho certeza – não é um palpite – eu poderia morrer, o Fernando certamente morreria e mataria três ou quatro policiais que lá estavam. O Fernando, ele não queria de forma alguma ir preso. Ele nunca esteve numa prisão. Ele foi lá, conversou comigo, disse que ele tinha uma possibilidade em cem de entrar em minha casa, mas que era a única forma que ele encontrava para não matar e para não morrer. Desde a primeira carta que ele enviou para mim, ele disse que não iria preso, que ele mataria ou morreria. E, ontem, se o governador Geraldo Alckmin não fosse na minha casa, eu posso garantir a você, porque eu vi a situação toda, eu via a Polícia Militar, eu vi o esforço que todos fizeram; ele estava com duas armas muito carregadas, ele estava tranqüilo e convencido de que ele, com 22 anos de idade, nunca foi preso e não queria entrar numa penitenciária, que ele só sairia de lá se o governador garantisse que ele não morreria ao sair da minha casa. E se o governador não fosse, eu tenho certeza, não é um palpite, eu tenho certeza que ele me mataria e, antes de morrer, ele mataria quatro ou cinco porque ele é incrivelmente rápido. Ele tem uma inteligência fora do comum. É só isso que eu queria dizer a você. O que estão comentando com relação ao governador Geraldo Alckmin é uma injustiça porque ninguém estava lá, durante os acentecimentos. A quantidade de policiais militares com capacetes, com escudos, com armas, com metralhadoras, era uma quantidade grande. Mas a coragem que o Fernando tem, é de uma coragem entre aspas, porque a vontade que ele tinha de morrer e matar, se isso fosse necessário, e matar quantos policiais ele pudesse matar antes de morrer. Geraldo Alckmin, ontem, ele, na minha opinião – e eu estou certo disso – absolutamente certo, ele ontem salvou algumas vidas, alguns chefes de família da Polícia Militar. Só isso. (…)
Eu conversei longamente com os policiais especializados da Delegacia Anti-Seqüestro, fiquei sete, oito dias conversando com eles. No seqüestro, cada caso é um caso. Eu já disse numa entrevista anterior que a família do seqüestrado deve entrar em contato com a polícia. Já disse também que, da experiência que eu tive, a polícia é que deve orientar a imprensa se deve ou não fazer divulgação. Em alguns casos a polícia vai achar que deve e, em outros, a polícia vai achar que não deve. Os homens da Delegacia Anti-Seqüestro são muito, mas muito experimentados. São homens que estão lá há 15 anos lidando com seqüestros. Só neste ano, nestes mais de 100 seqüestros que a polícia fez a intervenção, nenhuma vítima morreu. Nenhuma. Parece que só uma morreu porque pegou fogo no cativeiro. Só uma. Esses homens são muito especializados, são de elite, são pessoas bem equilibradas. Mas nesse caso, o do Fernando, ele não é um profissional, ele estava disposto a morrer. Não importa como, ele ía morrer. Ele não queria ir para a cadeia em hipótese alguma. Ele, e eu sabia, eu percebi que se ele – se o governador não fosse na minha casa – ele provavelmente, certamente sairia com as duas armas que ele estava e atiraria em quantos policiais fosse possível e, evidentemente, eu também morreria e ele também morreria. Eu tenho certeza disso.