Ambiente: Comitiva alemã visita Secretaria do Meio Ambiente e CETESB

Uso de energias alternativas foi tema principal do encontro

qua, 09/11/2005 - 14h43 | Do Portal do Governo

O uso de energias alternativas foi o principal tema da reunião entre o Secretário do Meio Ambiente de São Paulo e a delegação de empresas alemães do Estado da Mecklemburgo Pomerânia Ocidental. Acompanhados do Ministro do Meio Ambiente desse estado independente da Alemanha, os visitantes foram recebidos pelo professor José Goldemberg na última terça-feira, dia 8, para discutir assuntos como o uso da biomassa e de energia eólica como alternativa para os combustíveis fósseis.

Antes disso a comitiva já havia sido recebida pelo presidente da CETESB, Rubens Lara e pelo diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental, Lineu Bassoi. Na visita foram relatadas as ações nas áreas de controle de resíduos sólidos e efluentes, além da questão energética.

Acompanhado pelo vice-consul geral da Alemanha, Hubertus von Morr, o ministro Wolfgang Methling explicou que a vinda da comitiva tem como objetivo estabelecer parcerias com o governo paulista e viabilizar negócios entre as empresas dos dois estados. O representante do governo da Pomerânia destacou o fato da comitiva ser acompanhada de um representante da área ambiental, o que segundo ele demonstra a área de interesse do seu governo em São Paulo.

Goldemberg informou que o Estado de São Paulo tem concentrado seus investimentos na geração de energia de biomassa, com a produção de álcool, que atualmente é estimada em 200 mil barris/dia, “o que garante autonomia energética e protege o País de um eventual embargo do petróleo, além de contribuir para a redução das emissões de carbono”. O secretário informou também que o governo paulista tem se empenhado em estimular a produção e uso do etanol em outros países, como forma de contribuição para que as metas do protocolo de Kyoto sejam alcançadas.

Wolfgang Methiling aproveitou para questionar sobre a posição que o governo brasileiro deve assumir na reunião que será realizada em breve no Canadá, para discutir sobre as metas de redução das emissões de carbono. Goldemberg comentou que considera a posição do Brasil muito conservadora e defendeu a antecipação dos prazos para controle das emissões, juntamente com a China e a Índia, que foram beneficiados com prazos maiores, por serem considerados países em desenvolvimento.

Os dois secretários ambientais concordam que, ao adotar esta postura, o grupo do qual o Brasil faz parte no protocolo de Kyoto, contribuiria para pressionar os países que ainda não são signatários do compromisso, entre os quais os Estados Unidos, maiores consumidores de combustíveis fósseis no mundo.

Por Eli Serenza, da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente

C.C.