Os preços agrícolas continuam em baixa e isso se reflete no Índice de Preços ao Consumidor, em São Paulo. Na inflação medida pela Fipe na 1ª quadrissemana de fevereiro, nota-se que os alimentos estão reduzindo a pressão.
Na alta de 0,34%, os alimentos tiveram participação de 0,75% (antes, 0,90% sobre 0,57%). Isto é fruto, em parte, da queda de preço dos produtos agrícolas in natura, pois no caso dos alimentos industrializados o ajuste se dá após um período maior de queda dos preços dos produtos agrícolas.
O Índice de Preços Recebidos, que mede os preços pagos aos produtores rurais, na 2ª quadrissemana de fevereiro (encerrada em 15 de fevereiro), registra baixa de 0,10%, revelando ligeira recuperação (1,77 ponto percentual) sobre o anterior (que havia sido de baixa de 1,87%).
Isso deve se refletir, proximamente, nos preços cobrados pelo varejo aos consumidores, diz Nelson Martin, pesquisador do Instituto de Economia Agrícola, que mede o IPR. A Fipe vai divulgar dia 20 a variação da quadrissemana encerrada dia 14.
Dos 19 produtos analisados pelo IEA no IPR, 9 continuam com preço em baixa (arroz, de 11%, feijão, de 9,9%, banana, batata, café, cana-de-açúcar, soja, carne de aves e de suínos, que caíram 2,5% e 12%, respectivamente). Outros 9 produtos ficaram mais caros (algodão, amendoim, cebola, laranja, milho, tomate, trigo, ovos e leite). Os ovos foram os que tiveram maior alta (13,12%) e a carne de porco, a maior baixa (-12,10%).
A tabela mostra a variação desde novembro de 2001
Neste mês começa a colheita da soja, cuja previsão de safra é de 42 milhões de toneladas. Isso e a expectativa da expansão da oferta mundial de soja tem mantido o preço em baixa. O IPR registra baixa de 9,4%.
Mais informações no site www.iea.sp.gov.br .
