Alckmin volta a defender a redução da taxa de juros

Governador também quer rapidez na aprovação da reforma tributária

qui, 29/05/2003 - 19h25 | Do Portal do Governo

Governador também quer rapidez na aprovação da reforma tributária

A redução da taxa de juros e a aprovação da reforma tributária foram defendidas pelo governador Geraldo Alckmin nesta quinta-feira, dia 29. Ele participou de eventos na região do ABC paulista, acompanhado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Para Alckmin, a alta taxa de juros impede o aquecimento da economia brasileira. Ele disse estar otimista de que em breve os juros baixem. “O presidente Lula está em contato permanente com os trabalhadores, líderes sindicais e todo o setor produtivo. Ele tem consciência da gravidade da situação”, observou.

A aprovação da reforma tributária também é outro fator decisivo para as administrações estaduais e do País. Alckmin destacou que o ideal seria realizar uma reforma fiscal, onde se discuta não só a receita, mas as despesas. “Não pode ser só imposto. Tem de se discutir o que arrecada, mas também como são feitos os gastos”, disse.

O governador lembrou, porém, que num país com as dimensões continentais como o Brasil, a unificação da Lei do ICMS, como está sendo proposta, será um avanço. “É importante para combater a sonegação, pois você terá uma única Lei e apenas cinco alíquotas, e não mais 44. São alíquotas iguais para um mesmo produto no País inteiro”, ressaltou, acrescentando que isso dificulta o “passeio de notas”. Segundo Alckmin, é necessário ficar atento para que não haja aumento da carga tributária.

As reformas em discussão no Congresso Nacional também estão sendo debatidas na Assembléia Legislativa de São Paulo. Alckmin explicou que todas as lideranças da Assembléia foram reunidas antes do Governo enviar o seu projeto de Reforma da Previdência do Estado. “Eu apoio as reformas por convicção e não por circunstância. O apoio é integral e não pela metade, independentemente da questão estadual”, afirmou.

De acordo com o governador, o próprio presidente Lula disse que irá fazer um grande esforço para que as reformas sejam aprovadas juntas. “Elas são necessárias para o Brasil e para os Estados. São Paulo tem um déficit público de R$ 7,5 milhões ao ano. Vamos continuar mantendo o diálogo para aprovarmos”, analisou, lembrando que a alíquota sugerida na proposta paulista é a mesma da reforma que está no Congresso.

Rogério Vaquero