Alckmin lembrou que no ano passado já não houve enchente na marginal Tietê e a obra estava apenas 28% executada. ‘Ou seja, quando estiver toda pronta o Tietê dificilmente sairá da calha’, observou.
Os trabalhos estão sendo executados em parceria pelo Governo do Estado e o JBIC, com investimentos de R$ 688,3 milhões, sendo 75% financiado pelo banco japonês e 25% aplicado pelo Tesouro paulista.
Nesta segunda etapa de rebaixamento da calha, o Rio Tietê está sendo aprofundado 2,5 metros, em média, numa extensão de 24,5 quilômetros, entre o Cebolão e a barragem da Penha.
O governador Geraldo Alckmin e Iwao Okamoto, diretor do JBIC, percorreram de metrô o trecho entre as estações Barra Funda e Bresser.
As obras de rebaixamento da calha do Rio Tietê foram vistoriadas pelo governador Geraldo Alckmin na manhã desta sexta-feira, dia 19. Acompanhado do diretor do Japan Bank for International Cooperation (JBIC), Iwao Okamoto, o governador foi à Marginal Tietê na altura da Ponte do Tatuapé, onde estão sendo colocados muros e telas de proteção no terreno que margeia o Rio.
O secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, informou que a obra está 67% concluída. ‘Estas telas que o governador está vistoriando hoje já fazem parte do trabalho de acabamento’, disse. Alckmin elogiou a beleza da obra. ‘A tela de proteção, com pedras intercalando com grama, formou um desenho muito bonito. E a grama permite a infiltração da água’, explicou. A previsão é a de que todos os trabalhos sejam concluídos até o fim de 2004.
Nesta segunda etapa de rebaixamento da calha, o Rio Tietê está sendo aprofundado 2,5 metros, em média, numa extensão de 24,5 quilômetros, entre o Cebolão e a barragem da Penha. Esta é a maior obra contra enchentes realizada na América do Sul e fará com que o prazo de recorrência de transbordamento do rio passe a ser de cem anos.
O governador lembrou que no ano passado já não houve enchente na marginal Tietê e a obra estava apenas 28% executada. ‘Ou seja, quando estiver toda pronta o Tietê dificilmente sairá da calha’, observou. Outra novidade será a implantação de uma eclusa no Cebolão que irá evitar a utilização das marginais para o transporte da carga assoreada. ‘Teremos uma hidrovia e tudo sairá por barcaça’, informou Alckmin. Também está incluído no projeto a implantação de um jardim de 24,8 quilômetros na margem do Rio Tietê.
Os trabalhos estão sendo executados em parceria pelo Governo do Estado e o JBIC, com investimentos de R$ 688,3 milhões, sendo 75% financiado pelo banco japonês e 25% aplicado pelo Tesouro paulista.
Em dezembro do ano 2000, o Governo do Estado concluiu a primeira etapa de aprofundamento da calha. Foram aprofundados 16 quilômetros no trecho entre o Cebolão e a barragem Edgard de Souza. A obra aumentou a capacidade de vazão do Tietê de 700 para 1.180 metros cúbicos por segundo na altura do Cebolão e de 840 para 1.440 metros cúbicos por segundo na altura de Edgard de Souza.
Linha 4 do Metrô
Antes de vistoriar as obras, Alckmin sobrevoou o local e também os bairros onde futuramente será implantada a Linha 4 do Metrô, que ligará o bairro da Luz à Vila Sônia. Segundo ele, o investimento previsto é de US$ 938 milhões, sendo US$ 350 milhões aplicados pelo Governo do Estado e o restante financiado pelo Banco Mundial e o JBIC. ‘O contrato com o Banco Mundial já está assinado e até abril esperamos assinar com o JBIC.’ O governador informou ainda que outra parceria deverá ser firmada com o JBIC para obras de saneamento básico na Baixada Santista.
Rogério Vaquero
