Alckmin vistoria áreas atingidas pelas chuvas na Capital e Interior

O governador esteve na marginal Tietê e também nos municípios de Indaiatuba, Capivari e Rafard

qua, 25/05/2005 - 20h37 | Do Portal do Governo


Durante toda essa quarta-feira, dia 25, o governador Geraldo Alckmin vistoriou as áreas atingidas pelas enchentes e por fortes ventos na capital e no interior do Estado. Pela manhã, ele esteve na Marginal do Tietê.

Em entrevista coletiva concedida no fim da tarde, no Palácio dos Bandeirantes, o governador afirmou que antes mesmo do próximo verão as obras na calha do rio Tietê estarão terminadas. “Haverá aceleração das obras e no máximo em dezembro elas estarão prontas”, disse o governador. Ele ressaltou que de certa forma a obra já está sendo entregue. “Já são 85% de obra concluída o que sem dúvida aliviou muito o quadro no dia de hoje.”

Ele anunciou que o governo paulista vai auxiliar a prefeitura na compra ou aluguel de bombas para todas as pontes sobre o rio Tietê onde foram verificados os problemas no escoamento da água que se acumulara nas pistas. “É um trabalho de macrodrenagem feito em parceria. O que o governo do Estado tiver que fazer será feito”, afirmou o governador.

Alckmin informou que a única ponte que conta com sistema de bombeamento é a das Bandeiras que dá acesso à região central da Capital, mas a retirada da água é muito lenta, baixa 1 metro a cada 4 minutos. Essa ponte também deverá receber novas bombas. As pontes Anhanguera, Casa Verde e do Limão também receberão bombas.

‘Com esse volume de água o rio sairia da calha, mas isso seria uma coisa rápida. O grande problema são as regiões das pontes das marginais onde a pista é mais baixa e acumula água’.

O governador observou que rio Tietê ficou três anos sem enchentes e que a chuva que começou na tarde de ontem e se estendeu por toda a madrugada foi atípica. Lembrou que no município de São Bernardo do Campo choveu cerca de 110 milímetros.

Disse ainda que as obras de dessassoreamento – limpeza do fundo do rio – serão aceleradas. Explicou que o que existe na capital depois da barragem da Penha não é o rio Tietê, mas sim um canal de engenharia.

‘O rio Tietê é da barragem da Penha para trás sendo todo sinuoso, já o canal que atravessa a cidade é reto e precisa ser limpo permanentemente e aprofundado, com isso o prazo de recorrência de alagamentos fica maior e só em casos chuvas excepcionais’.

Após sobrevoar a marginal do Tietê, o governador visitou os municípios de Indaiatuba, Capivari e Rafard que foram castigados pelas chuvas e fortes vendavais.

Em Indaiatuba, Alckmin informou que 36 moradias para famílias em áreas de risco estão em fase de finalização de obras e devem ser entregues no mês de julho. Ele anunciou a construção de mais 100 moradias nos municípios para retirar as famílias de locais sujeitos a enchentes e deslizamentos. Cerca de 40 famílias ficaram desabrigadas.

Nos demais municípios e na cidade de Mombuca, que também sofreu com as chuvas, o Estado vai firmar parcerias com as prefeituras para construção de moradias para famílias em área de risco e assinar convênios com a Defesa Civil com obras de infra-estrutura e contenção de enchentes.

Ainda em Indaiatuba o governador disse que além de muitas casas serem destelhadas por um tornado, o distrito industrial foi atingido. Muitas fábricas foram destruídas. Ele informou que o Governo paulista deverá auxiliar esses locais.

‘O ideal é que as prefeituras retirem as famílias que estão muito perto dos rios, transferindo-as para casas financiadas pelo Estado, pelo programa Pró-Lar em áreas de risco, e também recuperar as matas ciliares da margens do rio’, afirmou.

De acordo com o chefe da Casa Militar do Governo do Estado e coordenador da Defesa Civil, Cel. Celso Carlos de Camargo, Indaiatuba teve cerca de 40 desabrigados e Capivari, 47. Os outros municípios ainda não tiveram definição dos números.

Ele informou que a Defesa Civil colocou à disposição das prefeituras kits de emergência com roupas, alimentos, cobertores, colchões e produtos de limpeza. Para receber esses kits basta que a prefeitura encaminhe para a Defesa Civil a relação de pessoas desabrigadas e desalojadas nos municípios.

‘Primeiro vamos atender as pessoas, depois as estruturas,’afirmou Coronel Celso, referindo-se aos convênios que serão assinados para obra de recuperação dos municípios.

Cíntia Cury / Carlos Prado