Alckmin visita o Hospital do Mandaqui

Estado está investindo mais de R$ 20 milhões na ampliação da unidade que foi construída em 1938

qui, 29/07/2004 - 14h37 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin visitou, na manhã desta quinta-feira, dia 29, ao Complexo Hospitalar do Mandaqui, na Zona Norte da Capital. Acompanhado do secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, o governador ouviu pacientes e funcionários da unidade e vistoriou as obras de ampliação do hospital e do Centro de Referência do Idoso, que está sendo construído no terreno da unidade.

O hospital, que é considerado o Hospital das Clínicas da Zona Norte, é muito antigo. O prédio foi erguido em 1938. Conta com 420 leitos e é referência para toda a região. Para atender melhor a população que procura a unidade, o Governo paulista está investindo mais de R$ 20 milhões na recuperação e ampliação do hospital, além da construção de um Centro de Referência do Idoso (CRI), nos mesmos moldes do que existe na Zona Leste da Capital.

Durante a visita, o governador ouviu de alguns pacientes que, embora o atendimento seja muito bom, o tempo de espera é grande. “O problema é a demanda no Pronto-Socorro. Muitos casos são de ambulatório. Se tivéssemos uma rede básica de Saúde com maior resolutividade, as pessoas não precisariam procurar o hospital. Hospital é para internação, cirurgia e casos graves”, explicou.

Segundo ele, quanto melhor é o hospital, mais demanda ele tem. “Ninguém quer ir para lugar ruim. As reclamações que ouvimos aqui foi que demoram para ser atendidos. Ninguém reclamou que foi mal atendido. Pelo contrário, as pessoas gostam do hospital. E nós vamos tornar o hospital muito melhor. É capaz da demanda aumentar mais ainda”, enfatizou.

Na opinião do governador, é necessário que haja uma hierarquização do sistema, com o atendimento básico, ambulatorial, funcionando melhor para que as pessoas não procurem os hospitais de maneira indiscriminada. Além disso, é preciso orientar a população para que saiba qual serviço deve procurar para cada caso. “Está muito hospitalocêntrico, ou seja, as pessoas sabem que hospital funciona, então, procuram o hospital. Quando uma rede básica, o Programa de Saúde da Família, o atendimento primário poderiam fazer o atendimento, deixando o hospital para os casos mais graves”, afirmou.

Outra questão apontada por Alckmin como necessária para reduzir o tempo de espera é a ampliação do atendimento. Alckmin informou que as obras que estão sendo realizadas na unidade deverão contribuir para minimizar o problema. O Pronto-Socorro de adulto, que hoje ocupa metade do 1º andar, terá um andar inteiro, ampliando a capacidade de atendimento. O mesmo deverá acontecer com o Pronto-Socorro Infantil. Além disso, está sendo construído um ambulatório de especialidades no terreno do hospital. “Uma parte dos pacientes que procuram o Pronto Socorro, passará a ser atendida no ambulatório de especialidade”, disse.

Lembrou ainda que o CRI vai disponibilizar para as pessoas da Terceira Idade os exames não invasivos, como eletrocardiograma, eletroencefalograma, além de fisioterapia, médico, protéticos e dentistas. “Uma parte dos idosos que são atendidos atualmente no Pronto-Socorro deverão vir para o CRI”, ressaltou.

O ambulatório de especialidades, o CRI e a nova ala psiquiátrica do hospital devem entregues à população até dezembro deste ano. Após a entrega dessas obras, o Estado deverá ampliar o Pronto-Socorro adulto e o infantil.

Outra medida que deverá ser adotada na unidade é o sistema utilizado pela Unicamp para classificação dos pacientes. “A Unicamp dá ao paciente uma ficha vermelha, amarela ou verde. Os casos graves são atendidos imediatamente. Os casos médios, ficam em observação. E aqueles que não seriam de emergência, são atendidos, ninguém é mandado embora, mas, como não é caso de pronto socorro, pode aguardar um pouco mais”, explicou.

Além disso, o Governo paulista está treinando mil jovens universitários para atuarem nos hospitais estaduais como Jovens Acolhedores. Eles atuam no acolhimento e orientação das pessoas que chegam aos hospitais e recebem bolsa de estudos para a faculdade. “Enquanto os jovens não chegam aos hospitais, temos os nossos funcionários do programa Conte Comigo. São pessoas capacitadas, treinadas para atender com carinho e orientar as pessoas. Esse hospital é muito grande. São 420 leitos e é um complexo, tem prédio para todos os lados”, disse.

Cíntia Cury