Alckmin reúne-se com todas as entidades representativas das Polícias Civil, Militar e Científica

Projeto que define reajuste só será encaminhado para o Legislativo depois de uma nova reunião marcada para terça-feira, dia 7

qui, 02/08/2001 - 19h50 | Do Portal do Governo


Projeto que define reajuste só será encaminhado para o Legislativo depois de uma nova reunião marcada para terça-feira, dia 7

Pela segunda vez nesta semana, o governador Geraldo Alckmin reuniu-se com lideranças policiais para discutir salários, benefícios e planos de carreira da categoria. O encontro, realizado na tarde desta quinta-feira, dia 2, no Palácio dos Bandeirantes, foi com representantes de todas as 41 entidades dos profissionais das polícias Civil, Militar e Científica. “Expliquei a eles que podemos trabalhar em três campos: com reajustes limitados e de forma parcelada, com a concessão de benefícios indiretos e com a inclusão de planos de carreira conforme a atividade profissional”, disse Alckmin.

O governador voltou a expôr as dificuldades do Governo em atender o pleito principal da categoria – reajuste de 41% para todos os policiais – em decorrência da Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita os gastos com folha de pagamento em 50,7% da receita corrente líquida neste ano e em 49% em 2002. “Combinamos estudar soluções que respeitem essa lei e que possam atender as reivindicações das entidades para melhorar a situação dos policiais. Vamos estudar isso neste fim de semana”, disse. Uma nova reunião com as entidades ficou marcada para a próxima terça-feira, dia 7.

Alckmin informou que vai aguardar esta terceira reunião para encaminhar à Assembléia Legislativa o projeto de lei com os reajustes de 6%, 8% e 10%, previsto para vigorar a partir do dia 1º deste mês. A proposta do Governo define pisos de R$ 1.000,00 a R$ 1.150,00 para os operacionais da PM, conforme o índice populacional das cidades em que atuam. Já para oficiais, delegados, peritos e médicos legistas, o piso passa a ser de R$ 2,5 mil. Além disso, todos os reajustes se estendem aos aposentados e pensionistas, uma das principais reivindicações das entidades.

Em entrevista à imprensa, o governador voltou a afirmar que não acredita em risco de greve da Polícia paulista. “Uma das tônicas da reunião foi o respeito das colocações e a seriedade de todas as entidades”, disse. Ele reafirmou que São Paulo tem uma Polícia muito diferenciada e que o Governo valoriza isso.