Alckmin recebe primeira bola do programa ‘Pinta a Liberdade’

Bolas são produzidas por detentos do sistema penitenciário paulista

ter, 04/05/2004 - 19h34 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin recebeu nesta terça-feira, dia 4, no Palácio dos Bandeirantes, a primeira bola oficial de futebol fabricada por presos de Franco da Rocha, por meio do Pintando a Liberdade – projeto em parceria com o governo federal para a produção de materiais esportivos utilizando mão-de-obra dos detentos do sistema carcerário e internos da Febem.

A entrega foi feita pelo secretário da Juventude, Esporte e Lazer, Lars Grael, acompanhado do presidente da Comissão de Esportes e Turismo da Assembléia Legislativa, Marquinho Tortorello. “Foi a primeira bola produzida pela oficina. A partir de agora serão 500 bolas por semana”, disse o secretário. Ele acrescentou que em 16 de maio, o governador fará a primeira entrega de bolas do programa à comunidade, durante a abertura do Parque Estadual Fonte do Ipiranga, na Rodovia Imigrantes.

Embora ainda não inauguradas oficialmente, já estão funcionando na região da Grande São Paulo três oficinas do Pintando a Liberdade: duas em Franco da Rocha e outra na Febem do Tatuapé. De acordo com Lars Grael, o projeto se tornou realidade em maio do ano passado, quando foi assinado um convênio do Estado por meio das secretarias da Juventude, Esporte e Lazer, da Educação, e da Administração Penitenciária, com o Ministério dos Esportes. Para isso, o Tesouro Paulista investiu R$ 250 mil e Governo federal R$ 1,1 milhão.

O programa está beneficiando diretamente cerca de 150 presos de Franco da Rocha e outros 70 internos da Febem do Tatuapé. “Nenhuma bola pode ser vendida. Todas serão doadas aos programas sociais, esportivos e educativos do Governo”, explicou o secretário.

Benefícios

As oficinas do Pintando a Liberdade também fabricarão bolas de Vôlei, Handeball, Basquete e redes. “São materiais esportivos de alta qualidade, com certificação do Inmetro e por um custo abaixo do de mercado, o que gera economia”, disse o secretário.
Ele explicou que o preço médio de mercado de uma bola oficial de futebol está em torno de R$ 50,00 e tem um custo final para os governos Estadual e federal de R$ 17,00.

Os benefícios para aqueles que estão no sistema carcerário, se dá da seguinte maneira: a cada três dias trabalhados na produção de material esportivo é reduzido um dia da pena (remissão de pena); aquele que trabalha em costura, também recebe R$ 3,00 por bola produzida, parte desse dinheiro vai para o Fundo Penitenciário para a reintegração do detento à sociedade, além de parte ir para a família. “Trouxemos um benefício ao sistema carcerário e ao detento pela remissão da pena e à sociedade, pelas bolas que serão doadas”.

História

O Pintando a Liberdade começou em 1997, época do então ministro extraordinário do Esporte Pelé, no Estado do Paraná. Já em 1999, quando Lars Grael assumiu como diretor do Ministério Esporte e Turismo achou importante ampliar o programa. Quando foi nomeado secretário Nacional de Esportes, em 2001, autorizou e ampliou o programa para 53 fábricas de materiais esportivos, hoje realidade em 26 Estados.

Atualmente, apenas o Estado de Roraima não tem o Pintando a Liberdade. O programa está sob a jurisdição da Secretaria Estadual da Educação.

Lilian Santos