Alckmin recebe ganhadores do Programa de Fomento ao Cinema Paulista 2004

Produções paulistas receberam R$ 6,4 milhões de incentivos

qua, 12/01/2005 - 20h59 | Do Portal do Governo


Os ganhadores do Programa Extraordinário de Fomento ao Cinema Paulista 2004 foram anunciados na noite desta quarta-feira, dia 12, pelo governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes. Dos 231 inscritos, 20 foram premiados na categoria de longas-metragens e 10 entre os curtas. A premiação total soma R$ 6,4 milhões (R$ 5,8 milhões para os longas e R$ 600 mil para os curtas).

Para o cineasta e secretário-executivo do Conselho Paulista de Cinema, Toni Venturi, esse programa é um dos braços de um projeto que está sendo elaborado pelo conselho, formado por representantes do Governo e do setor audiovisual. ‘Trabalhamos em projetos não só para a área de difusão e promoção do cinema paulista, mas para a criação de uma política pública para o Estado. Queremos que em 2005 o programa seja mais ousado e arrojado’. O conselho tem o objetivo até 2006 de incentivar a produção de 50 longas, finalização de 35 e apoio e comercialização de outros 35.

Sobre sua produção ‘Cabra Cega’, que foi um dos premiados, ele informou que o lançamento será em abril deste ano. E, irá tentar que a pré-estréia seja realizada na sede do Governo paulista, com a presença de professores da rede pública.’ O filme tem uma forte ligação com as escolas, pois trata de momentos contemporâneas do Brasil’.

A iniciativa do Programa conta com a participação do Banco Santander, das empresas Credicard e Ecovias e das estatais Sabesp e Nossa Caixa.

O governador Alckmin lembrou que quando o programa começou eram apenas dois parceiros e agora essa parceria foi ampliada para cinco empresas: Sabesp, Nossa Caixa, Santander/Banespa, Ecovias e Credicard. ‘O cinema brasileiro cresceu enormemente; é um retrato da nossa história, identidade, cultura, virtudes, mazelas. São Paulo é a capital da arte.’ Alckmin ressaltou ainda que na escolha dos ganhadores não houve nenhuma interferência política-partidária. ‘O critério de seleção é exclusivamente o da qualidade’.

Para ele, o objetivo do Estado é ampliar recursos do Governo no setor e conseguir mais parceiros. Lembrou que há cinco anos, 7% dos telespectadores assistiam filmes nacionais e hoje são quase 25%. ‘O cinema paulista tem uma qualidade excepcional, devemos prestigiá-lo’. Sobre suas preferências comentou filmes como ‘Lisbela e o Prisioneiro’ (Guel Arraes) e ‘De Passagem’ (Ricardo Elias).

A secretária da Cultura, Cláudia Costin, disse que com os esforços entre a iniciativa privada e o Governo, certamente o setor irá avançar mais. ‘Vamos buscar mais qualidade em termos de produção, técnicos, difusão, inclusão cultural, além de incentivar produções de novos cineastas.

Projeto Cine Família

O Cine Família é uma parceria entre o Programa Escola da Família e o Cinemagia, empresa que desde 2003 percorre os municípios do Brasil levando o cinema para diversos lugares, como escolas, hospitais, ginásios, praças e até mesmo praias.

Os filmes são retransmitidos para as escolas por meio de sinal da Embratel. Todos os domingos, cada unidade escolar participante transformará uma de suas salas em um cinema. A expectativa é de que as sessões atinjam 60 mil pessoas por fim de semana em todo o Estado. Já foram exibidos 8 filmes para mais de 480 mil pessoas. O governador disse que o programa atende 3.500 escolas, mas a “meta é chegar em todas as escolas do Estado de São Paulo”.

Ganhadores

Os selecionados em longa-metragem foram: Ampla visão de São Paulo (do diretor Eugênio Puppo), Andar às Vozes (Eliane Caffé), Antônia (Tata Amaral), Atos dos Homens (Kiko Goifman), De Corpo e Alma (André klotzel), É Proibido Fumar (Anna Muylaert), Garoto Cósmico (Alê Abreu), Fim da Linha (Gustavo Steinberg), Fora do Figurino (Paulo Pélico), Os Doze Trabalhos de Héracles (Ricardo Elias), Querô (Carlos Cortez), União Fraterna (Laís Bodanzky), Via Làctea (Lina Charmie), que ainda estão em fase de produção.
A Ilha do Terrível Rapaterra (Ariane Porto), Crime Delicado (Beto Brant), Tapete Vermelho (Luiz Alberto Pereira), já finalizados e Cabra-Cega (Toni Venturi), O Dono do Mar (Odorico Mendes), Quanto Vale ou é Por Quilo? (Sérgio Bianchi), concluídos.

E na categoria curta-metragem foram premiados: Sexto e Claustro (Claudia Priscilla Andrade), Aquele Cara (Rafael dos Santos Coutinho), Yansan (Carlos Eduardo Nogueira), Dês – Ruínas em Falésia (Carlos Adriano Jerônimo), Icarus (Victor Hugo Maciel), Memórias Sentimentais de um Editor de Passos (Daniel Arruda Turini), São Carlos 1968 – Matizes de uma Luta (João Carlos Massarolo), Aranhas Tropicais (André Augusto Francioli Conceição), Encanto (Leandro Todashi Duarte) e Homen Invisível (Andréa Vianna Velloso).

Carlos Prado