Alckmin participa do torneio de integração das polícias

Durante o evento voluntários do Poupatempo e das polícias oferecem aos visitantes a oportunidade de atualizar ou substituir documentos

sáb, 15/09/2001 - 13h16 | Do Portal do Governo


Durante o evento o voluntários do Poupatempo e das polícias oferecem aos visitantes a oportunidade de atualizar ou substituir documentos

Neste sábado, dia 15, o governador Geraldo Alckmin participou do 2º Torneio de Integração das Polícias, promovido pela Secretaria da Segurança Pública, para comemorar dois anos de implementação do plano de compatibilização e integração das três corporações policiais: Civil, Militar e Técnico-Científica.

O torneio, que termina hoje, foi realizado na Escola de Educação Física da Polícia Militar, no bairro do Canindé. A primeira edição foi realizada em junho do ano passado com o objetivo de desenvolver o espírito de equipe e cooperação dos policiais participantes.

Esta segunda edição do torneio foi ampliada, com a participação de equipes de policiais de todo o Estado e não apenas da Capital. Além de atividades esportivas e recreativas, haverá também exposição de equipamentos e serviços, show de talentos e de patinação, exposição de arte, apresentação dos animais do canil, dança de salão e videokê, entre outras atrações. O Torneio conta ainda com vários estandes onde são apresentados para a comunidade os diversos serviços realizados pela Polícia.

Segundo o secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petreluzzi, o objetivo do evento é realizar um torneio esportivo entre as três polícias (Civil, Militar e Científica). “Não é uma polícia jogando contra outra e sim, as equipes de uma cidade contra a outra cidade, já que o evento é voltado para todo o Estado. Desde quando assumi, uma das principais estratégias é estruturar a integração entre as polícias. Isso se faz de várias foram criando rotinas comuns entre as polícias e também com eventos de natureza cultural”, destacou Petreluzzi.

Ele disse ainda que este momento leva a uma reflexão, pois trabalha-se de um lado onde se enfrenta um inimigo que não tem limites, enquanto o Governo tem o limite da Lei, da democracia e da decência. “Por isso é importante que as eventuais diferenças culturais e estruturais sejam superadas”, enfatizou o secretário.

“As policias de São Paulo não vão fracassar porque em nenhum momento deixaram de reconhecer as dificuldades que elas têm em enfrentar o seu dia-a-dia e de se aprimorar para levar ao povo uma vida mais tranqüila”, finalizou.

Durante o torneio, voluntários do Poupatempo e das polícias oferecem às pessoas presentes a oportunidade de atualizar ou substituir documentos, tais como a cédula de identidade e a carteira de trabalho. Quem estiver interessado pode também fazer uma avaliação de saúde, pois policiais médicos e dentistas estão a postos realizando exames de medição de glicemia, colesterol, pressão arterial, avaliação física, além de orientações odontológicas e cortes de cabelo.

O governador Geraldo Alckmin afirmou que o grande desafio mundial é exatamente a segurança pública, a luta para que o bem vença o mal, para que haja punição para a pessoa que comete delitos. Ele disse também que a polícia luta contra a impunidade, que é aonde se corrói os princípios e valores da humanidade.

“Polícia unida é polícia mais forte e polícia integrada é polícia mais eficiente”, afirmou o governador. Segundo ele, o caminho nem sempre é fácil mas é exatamente por ser difícil que exige talento e perseverança. ‘Esse torneio é um passo significativo para oferecermos um trabalho mais eficiente à população de São Paulo, permitindo que vivamos cada vez melhor com a polícia que temos”, finalizou.

A reorganização territorial das polícias foi iniciada em 1999, com a definição de áreas de atuação para as Companhias da Polícia Militar e Distritos Policiais. Com isso, foi possível estabelecer metas comuns, troca de informações entre as corporações e reuniões de rotina para delegados e oficiais traçarem os planos de ações integradas mais adequados para o combate ao crime e à violência.

Entrevista coletiva

Questionado durante a entrevista coletiva à imprensa sobre a determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que concedeu à Polícia Militar o poder de registrar boletins de ocorrência de natureza leve, o que provocou a revolta na Polícia Civil, Alckmin disse que decisão judicial não se comenta e que este assunto está sendo analisado pela Secretaria da Segurança Pública.

Sobre a possível paralisação dos funcionários da Febem, marcada para 5 de outubro, o governador disse que espera que não haja greve. Ele falou também que o Governo está aberto para negociação e que não há nenhuma necessidade de greve. “Este é o último instrumento a ser exercido, fez greve e faltou, não recebeu, isso é regra do Governo”. Ele disse ainda que e estado de greve é prejudicial e todo mundo sai perdendo.

Alckmin disse que o Governo vem dando um grande passo com relação à Febem, principalmente com a desativação da unidade Imigrantes e com a mudança gradual que vem ocorrendo na unidade Tatuapé, possibilitada pela transferência dos menores infratores para unidades no Interior. Ele destacou a descentralização da Febem, é o melhor caminho e que cada região do Estado vai ter a sua unidade, evitando que os menores infratores de outros municípios venham para São Paulo. “Há uma resistência das cidades do Interior, mas nós estamos enfrentando”.

Ainda hoje, o governador visita a Feira de Artes e Artesanato do Embú, Região Metropolitana, que ocupa toda a área central da cidade, ao lado das construções do período colonial brasileiro.

São 940 expositores que oferecem produtos de artes plásticas, artesanato, plantas ornamentais e comidas típicas. A feira funciona aos sábados, domingos e feriados, das 8 às 18 horas, desde 1969. Cerca de 15 mil pessoas passam pelo local nos finais de semana.

O governador também participa da missa em homenagem aos 80 anos de vida do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no bairro do Sumaré.

Dom Paulo foi ordenado sacerdote há 55 anos, tendo atuado como arcebispo de São Paulo de novembro de 1970 a maio de 1998. Antes, tinha sido nomeado bispo-auxiliar de São Paulo em 1996 pelo Papa Paulo VI. Também foi Vigário Episcopal da Região Norte da Arquidiocese da Capital durante quatro anos.

Gláucia Basile / Valéria Cintra