Alckmin participa do Ato Cívico pelos 450 anos da cidade de São Paulo

Evento foi realizado no Pateo do Colégio

dom, 25/01/2004 - 11h33 | Do Portal do Governo


Centenas de pessoas participaram do Ato Cívico pelos 450 anos da fundação da cidade de São Paulo, no Pateo do Colégio, realizado na manhã deste domingo, dia 25. O governador Geraldo Alckmin e a presidente do Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp), Lu Alckmin, participaram da cerimônia, acompanhados do presidente em exercício, José de Alencar, da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, de Dom Cláudio Hummes, cardeal metropolitano de São Paulo e de Dom Adan Martin Ménis, presidente do governo autônomo das Ilhas Canárias, além de representantes das Forças Armadas.

“São Paulo é o melhor poema composto por José de Anchieta. Temos hoje um belo trabalho em transformar a cidade mais humana’, disse Alckmin, ressaltando que o povo de São Paulo é trabalhador. ‘Apesar dos obstáculos, a população continua a construir uma cidade melhor pela educação e pela fé’.

‘São Paulo é um grande laboratório de vida onde se entrelaçam os conhecimentos’, disse o presidente em exercício, José de Alencar. Ele ainda informou que São Paulo cresceu 270 vezes em comparação ao século passado.

O primeiro evento oficial de aniversário de São Paulo abriu com a recepção de relíquia do Padre José de Anchieta, que passou pelos 13 municípios do Litoral Paulista em que evangelizou. A relíquia seguiu em peregrinação batizada de “Nos Caminhos de Anchieta” , desde o dia 12 de julho de 2003.

A relíquia chegou ao Pateo do Colégio pelas mãos do prefeito de Bertioga, Lairton Goulart, e pelo bispo de Caraguatatuba, D. Fernando Masson. Participaram também da cerimônia, os integrantes dos Arautos do Evangelho da Associação Internacional de Direito Pontifício de Roma.

O governador ainda participou da abertura da exposição “Os Empreendedores: de Anchieta aos Novos Tempos”, promovida pela Associação Comercial de São Paulo. A mostra reúne 300 cartas de jesuítas, escritas de 1553 a 1601, sendo 17 delas do Padre José de Anchieta. Os documentos, a maioria em latim, foram cedidos pelo Vaticano para a comemoração.

Durante o evento, Alckmin ainda participou da entrega das obras de restauro do monumento “Glória Imortal à Fundação de São Paulo”, idealizado pelo artista Amadeu Zani, na década de 30, durante um concurso de projetos sobre a fundação da Capital Paulista.

História

A cidade de São Paulo nasceu quando um grupo de jesuítas, entre eles José de Anchieta, por ordem do padre Manoel da Nóbrega ergueu o Colégio de São Paulo de Piratininga, onde hoje é o Pateo do Colégio. Construído sobre uma colina, às margens do Rio Tamanduateí, o prédio deu origem ao povoado de Piratininga.

‘Estamos escrevendo uma parte da história. Depois de 450 anos estamos reunidos aqui nesta colina mágica onde nasceu uma das maiores e mais extraordinárias cidades do mundo. São Paulo nasceu de uma escola para mostrar a importância da educação no caminho das várias gerações’, disse o governador.

José de Anchieta, natural de Tenerife – arquipélogo das Canárias – chegou ao Brasil em 1553, aos 19 anos. Padre, poeta, educador, literato e catequista, foi o autor da primeira gramática da Língua Portuguesa. Hábil negociador, chegou a se fazer reféns dos índios para alcançar a paz na Confederação dos Tamoios, em 1563. Ele foi beatificado por João Paulo II em 22 de junho de 1980.

Lílian Santos / Macedo Júnior