O governador Geraldo Alckmin participou, nesta segunda-feira, dia 27, do Fórum de Debates da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), no Clube Atlético Monte Líbano, na Capital. Esse é o sétimo ano que a Associação promove evento dessa natureza e o segundo de que Alckmin participa.
Em seu discurso, o governador fez um balanço das ações do Governo do Estado durante os últimos sete anos. O governador destacou o ajuste fiscal promovido pela atual administração paulista como principal fator para a promoção do crescimento do setor produtivo, a geração de emprego e de renda. ‘São Paulo deu o exemplo’, afirmou. Em 1995, início da atual administração, o Estado tinha déficit público superior a 20% ao ano e dívida de R$ 98 bilhões sendo rolada diariamente à taxa de Selic. O Governo devia para o Banespa, para a Nossa Caixa e não pagava. Os dois bancos foram ao redesconto no Banco Central e o Banespa sofreu intervenção. Além disso, o Estado tinha dívida mobiliária. ‘A dívida de São Paulo foi renegociada. O Governo podia optar por uma ação de curto prazo, não pagar nada e pagar juros de 9%, ou pagar 10% da dívida e juros de 7,5%, ou pagar 20% da dívida e juros de 6%. O governador Mário Covas optou pela decisão mais difícil: sacrificar o curto prazo para ganhar a longo prazo. São Paulo fez ajuste fiscal, pagou 20% da dívida consolidada, através da venda de ativos do Estado, que foram privatizados e a dívida gráfica quitada. E paga os 13% da receita corrente líqüida rigorosamente. Saímos da taxa Selic para juros fixos de 6% ao ano. O Estado tem déficit público zero. Não gasta um centavo a mais do que arrecada e recuperou sua capacidade de investimento, com um volume de obras recorde. ‘, explicou o governador. Entre as obras, citou a ampliação da linha do Metrô, a retomada de obras de 15 hospitais, o aprofundamento da calha do Tietê, o Rodoanel, 150 mil casas populares e escolas, entre outras. Também destacou que o ajuste fiscal do Governo paulista foi feito sem onerar o setor produtivo, ou seja, sem aumentar impostos. ‘Ao contrário, reduzimos o ICMS para 188 produtos e serviços’, lembrou.
O governador enfatizou ainda ações do Estado em diversas áreas. Entre elas, o Rodoanel, que vai desafogar o trânsito na cidade de São Paulo, e a segunda via da Imigrantes, que está sendo realizada pelo sistema de concessões, sem dinheiro dos cofres públicos. Na Educação, falou sobre a ampliação da carga horária dos estudantes, que permite que os alunos da rede pública somem o equivalente a um ano a mais de aula ao final de cada ciclo.
Alckmin informou que a Febem e a Imprensa Oficial do Estado vão receber o prêmio Top Social, pelo desenvolvimento de um programa profissionalizante na área gráfica com internos da Febem, que também conta com a parceria da Fundação Paula Souza e do Sindicato dos Gráficos. ‘Adolescentes ocuparam seus tempos estudando, trabalhando e saíram da Febem com o diploma de gráfico, a Carteira de Trabalho e o emprego garantido’, explicou.
Na área da Segurança Pública, o governador destacou esforços como a construção de penitenciárias, a informatização e os novos equipamentos para a Polícia, além de aumento do efetivo.
O governador lembrou ainda da importância das parcerias com a sociedade civil organizada, como as Organizações Sociais de Saúde que gerenciam os novos hospitais do Estado. ‘Quando se trabalha junto com a sociedade, se erra menos’, enfatizou.
Cíntia Cury
