Alckmin alertou, durante almoço-debate, para o risco que o País corre caso não sejam aprovados pelo Senado Federal quatro importantes pontos da reforma da Previdência.
Alckmin disse que há necessidade de se reduzir os gastos públicos, para o país crescer, gerar renda, emprego, trabalho.
Alckmin lembrou que, enquanto todos estão discutindo a reforma Tributária, podem se esquecer do mais importante que é o início da discussão da reforma da Previdência em primeiro turno no plenário do Senado.
O governador Geraldo Alckmin alertou nesta segunda-feira, dia 24, durante almoço-debate com 156 grandes empresários do Estado para o risco que o País corre caso não sejam aprovados pelo Senado Federal quatro importantes pontos da reforma da Previdência: a questão da paridade; da transição do sistema novo; a do subteto; e a cobrança de inativos “Essa é a essência da reforma, é importante que isso seja mantido no Senado Federal ”.
Para ele, a promulgação da reforma da Previdência como foi aprovada pela Câmara significa limitar e cortar gastos, além de se fazer justiça social. Alckmin disse que há necessidade de se reduzir os gastos públicos, para o país crescer, gerar renda, emprego, trabalho. “A reforma de Previdência corta e limita gastos, ela faz justiça social. Temos um sistema previdênciário extremamente injusto. É o trabalhador de baixa renda que paga os altos salários por meio dos impostos indiretos e está financiando os altos benefícios que o setor público paga”, disse o governador.
Alckmin lembrou que, enquanto todos estão discutindo a reforma Tributária, podem se esquecer do mais importante que é o início da discussão da reforma da Previdência em primeiro turno no plenário do Senado, nesta terça-feira, dia 25. Segundo ele, se não for aprovada com os quatro ítens já mencionados “acabou a reforma.” Para ele, é fundamental que todos se empenhem para que a reforma da Previdência seja votada tal como foi aprovada na Câmara.
Eficiência de governo
Durante o evento realizado no Hotel Hyatt Hotel, na zona sul da Capital, pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP) em parceria com o Grupo de Líderes Empresarias, sobre o tema “Ética e Modernidade na Gestão Pública”, o governador disse ainda que entende que política se faz com “o “p” maiúsculo, como arte, eficiência e o encontro com o bem comum”.
Alckmin fez uma breve explicação de todas as ações desenvolvidas pelo seu governo e em resposta a algumas questões do debate detalhou os investimentos que o Estado vem fazendo na área de tecnologia, eficiência econômica, responsabilidade social e principalmente na questão da geração de renda e emprego. Lembrou ainda que mandou à Assembléia Legislativa para ser votado o Plano Público de Parcerias e a criação da Companhia Paulista de Parcerias.
Ao final foram divulgados os dados sobre a sondagem feita por meio da tecnologia da HP/MGI, em que os empresários avaliaram a eficiência dos governos municipal, estadual e federal.
No item – “A situação dos negócios de sua empresa em 2004 comparada com 2003”, os empresários responderam: melhor, 73%; igual, 19%; pior, 8%. “Portanto, uma visão claramente otimista em relação a 2004”, disse João Dória Júnior, presidente da Doria Associados, moderador do debate. Na questão – “Eficiência gerencial do Estado”, o governo municipal recebeu 3,3 pontos, o governo federal 4,1 pontos e o governo do Estado recebeu 6,4 pontos. Na questão – “Fatores que impedem o aumento da atividade da sua empresa”, os empresários responderam: outros, 11%; taxa de juros, 26%; economia informal, 17%; e carga fiscal, 47%.
Alckmin agradeceu e encerrou o encontro explicando que o ajuste fiscal é uma questão relevante, da qual não se deve descuidar um minuto.
Lilian Santos
