Alckmin participa da posse das novas diretorias da Febraban e da CNF

Jorge Luiz Ávila Silva, da Nossa Caixa, está entre os novos diretores da Febraban

sex, 19/03/2004 - 22h25 | Do Portal do Governo


“Diferentemente de outros países, temos no Brasil um sistema financeiro saneado, desenvolvido e moderno”, disse o governador Geraldo Alckmin, nesta sexta-feira, dia 19, durante a cerimônia de posse das novas diretorias da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF).

Ele lembrou que a posse da Febraban e da CNF se dá num momento
muito especial no cenário internacional, pois o mundo, por meio de suas principais economias, tem um forte crescimento. “Atualmente temos a menor taxa de juros internacional dos últimos 40 anos. A liquidez é enorme, e isso tem ajudado em muito os países emergentes”, acrescentou.

Ele cumprimentou e disse de sua confiança no trabalho dos novos presidentes da Febraban e da CNF, Márcio Artur Laurelli Cypriano, e Gabriel Jorge Ferreira, respectivamente.

Cypriano assume a presidência da Febraban, depois de 30 anos no Bradesco, e conta com o apoio dos novos vice-presidentes, Fábio Colletti Barbosa, da ABN Amro Real, e José Luiz Alencar Pedro, também do Bradesco.

Em sua gestão na presidência da CNF, Ferreira, do Unibanco, contará com o apoio de Antônio Bornia, do Bradesco, na vice-presidência, enquanto que o vice-presidente executivo será Hélio Ribeiro Duarte, do HSBC. Aldous Albuquerque Galleti, do Itaú, assume como novo secretário executivo da CNF.

Em seu discurso, Cypriano disse que o desenvolvimento do País depende da distribuição de renda e da diminuição do desemprego. Segundo ele, a Febraban vai participar da linha de frente com demais lideranças econômicas e políticas para a consolidação de uma sociedade mais próspera e justa. ‘Estou certo de que a Febraban continuará sendo um agente poderoso e facilitador no processo de mudanças em curso no País.’

‘Os desafios não são poucos, mas certamente poderão ser superados pela capacidade de trabalho e talentos gerenciais da equipe da CNF’, disse o novo presidente da CNF. Ferreira enfatizou que as mudanças legislativas são fundamentais para o desenvolvimento do País. Ele destacou a Reforma Tributária, a Agenda Microeconômica, a autonomia do Banco Central, a nova organização sindical, a modernização trabalhista e a reforma do Poder Judiciário como parte delas. ‘Todas essas reformas requerem uma participação intensa do sistema financeiro’, concluiu.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, acrescentou: ‘O crescimento sustentado é o resultado da ampliação da capacidade produtiva da economia.’

Ao encerrar a cerimônia, Alckmin disse que a questão central do atual debate é a eficiência, a competitividade e a produtividade das empresas brasileiras. E garantiu ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci, total apoio no sentido de aprofundar as reformas no sentido de trazer o crescimento sustentado da economia ao País.

A Febraban

Criada em 1967, a Febraban é hoje uma importante entidade civil do País, que tem por objetivo defender os interesses do setor bancário, contribuir ao aperfeiçoamento das atividades e, entre outras, direcionar e promover a atualização constante dos bancos nas áreas de automação, informática e telecomunicações.

Para desenvolver os trabalhos, a Febraban também conta com o apoio de 12 diretores, que também serão empossados nesta sexta-feira. Entre eles, destacam-se Jorge Luiz Ávila Silva, da Nossa Caixa e Miguel Jorge Filho, do Banespa.

A Febraban, que agrega ainda 119 instituições financeiras, tem também 15 comissões técnicas, que funcionam permanentemente sob a coordenação dos diretores setoriais. Ela detêm 95% do total de ativos do sistema.

A CNF

A CNF foi criada em 1985 e reúne todas as associações do setor financeiro do País. Sua diretoria, formada pelo presidente e dois vice-presidentes foi eleita pelos membros do Conselho de Administração para um mandato de dois anos. A instituição, com sede em Brasília, participa do debate das grandes questões nacionais. Ela também defende os interesses do setor e define estratégias para a defesa de posições consensuais.

Lilian Santos