Alckmin participa da inauguração do Museu da Energia

Fundação está instalada no edifício que pertenceu à família de Santos Dumont

ter, 07/06/2005 - 12h16 | Do Portal do Governo


O governador Geraldo Alckmin participou nesta terça-feira, dia 7, da inauguração da nova sede da Fundação Energia e Saneamento e do Museu da Energia. Localizada no bairro de Santa Cecília, região central de São Paulo, a Fundação está instalada no edifício que pertenceu à família de Santos Dumont. ‘O prédio é de 1894 e foi uma obra do arquiteto Ramos de Azevedo, um dos mais importantes do século 19 e início do século 20. Agora, esse local vai mostrar o papel importante que a energia exerceu para o desenvolvimento de São Paulo e do país’, comentou o governador.

Conhecido como Casarão Santos Dumont, o prédio pertenceu ao irmão de Santos Dumont. Também abrigou uma escola e, por um curto período, o Instituto Pestalozzi. Depois disso, o imóvel foi abandonado e ocupado por cerca de 400 pessoas que não tinham onde morar. Essas famílias foram retiradas do prédio e incluídas nos programas habitacionais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e o prédio foi restaurado, com patrocínio da iniciativa privada e de empresas estatais.

Alckmin lembrou que o Estado recuperou outros prédios históricos na região, como a Estação Pinacoteca, que hoje é um novo equipamento de cultura para a cidade; o Hotel Piratininga, que virou escola de música; e a recuperação do Museu de Arte Sacra. “A próxima etapa será o Palácio Campos Elíseos, que foi sede do Governo do Estado”, anunciou. O prédio, que atualmente abriga a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, será restaurado. De acordo com o governador, a Secretaria deverá mudar para nova sede em cerca de três meses e, em seguida, serão iniciadas as intervenções para a recuperação do prédio.

Museu da Energia de São Paulo

Numa espécie de viagem no tempo entre utensílios e equipamentos comuns no dia-a-dia das famílias brasileiras, o Museu da Energia de São Paulo mostra a importância e estratégica da energia no desenvolvimento urbano, industrial e tecnológico do Estado e também do País. Nos diversos ambientes é possível encontrar, além de quadros e painéis fotográficos, um ferro elétrico como aqueles usados por nossas avós, uma geladeira do século passado e até uma ‘vitrola’.

Durante o evento, o governador anunciou que um novo parceiro, o Sindicato da Indústria de Energia do Estado de São Paulo (Siesp), vai financiar a montagem de uma sala de aula, com equipamentos multimídia, para a realização de cursos, palestras e seminários. ‘Esse será um museu interativo, que ensinará física, mostrará a história da energia de São Paulo e vai revitalizar esta região’, afirmou Alckmin.

Também há previsão de realizar exposições temáticas nos jardins do casarão que contem aspectos da história da energia e da urbanização de São Paulo. Nesse cenário, terão destaque os temas da iluminação e dos transportes públicos. Hoje, porém, a atração no lado externo do casarão era um Crysler 1928. O veículo pertenceu ao comandante João Ribeiro de Barros, que foi amigo de Santos Dumont e também era apaixonado por aviação. Alckmin lembrou que o avião usado por Barros para fazer a primeira travessia sobre o Oceano Atlântico, um bimotor de madeira, está sendo recuperado e será levado para a cidade natal do comandante, Jaú. “O avião foi todo destruído por cupins”, disse.

Serviço:

O Museu da Energia de São Paulo fica no Casarão Santos Dumont, Alameda Cleveland, 601, esquina com Alameda Nothmann, 184, Campos Elíseos, região central da capital.

O funcionamento será de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, com entrada gratuita.

Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo

A Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo foi criada para garantir o recolhimento, guarda, seleção, pesquisa, inventário, preservação, divulgação e disponibilização ao público do patrimônio cultural relacionado à história da energia, industrialização e urbanização do Estado de São Paulo.

O objetivo é tornar-se um centro de referência nacional no setor e contribuir para a difusão da história da energia, e do universo a ela inter-relacionado (história empresarial, uso e desenvolvimento de tecnologias e processos de energia, desenvolvimento industrial e urbanização), para possibilitar maior compreensão das mudanças ocorridas na nossa sociedade neste século. Também visa promover intercâmbio com universidades, orientar e colaborar com as empresas do setor energético na preservação de arquivos, objetos, equipamentos e sítios de valor histórico.

O acervo da Fundação reúne documentação diversa: de arquivo, bibliográfica, museológica e arquitetônica.

Macedo Júnior / Cíntia Cury