Alckmin participa da formatura de curso superior de policiais civis e militares

Curso eqüivale à uma pós-graduação e a um mestrado

sex, 03/12/2004 - 16h09 | Do Portal do Governo


O governador Geraldo Alckmin participou nesta sexta-feira, dia 3, da formatura de 75 policiais que fizeram os cursos superiores de Polícia Integrado, de Aperfeiçoamento de Oficiais da Polícia Militar e de Aperfeiçoamento de Delegados (3ª classe) da Polícia Civil. Também formaram-se oficiais dos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, Tocantins e Maranhão. A cerimônia ocorreu no Palácio dos Bandeirantes.

Com duração de oitos meses, os cursos foram implantados em 2002 pela Secretaria da Segurança Pública e visam impulsionar a carreira dos profissionais. O nível do curso é comparado a uma pós-gradução e a um mestrado, pois no trabalho final o participante tem de apresentar um trabalho de monografia.

Quem não faz tais especializações não pode ocupar o cargo de coronel (maior patente da PM), nem tão pouco de delegado de classe especial (o mais alto posto da PC), cujo salário-base é de R$ 4.786,01. O Estado Paulista saiu na frente dos demais ao promover o curso superior unificando as duas polícias, o que atraiu oficiais de outras regiões do País, que pretendem implantar o modelo em seus estados.

Alckmin destacou que os cursos são importantes porque têm nível superior e integram as duas polícias Civil e Militar. “Só teremos eficiência na área de segurança pública se tivermos uma polícia integrada”.

O secretário Saulo de Castro Abreu Filho definiu que o curso é importante para quem pretende chegar ao topo da carreira. Observou que as aulas ajudam no debate de idéias. “Quem trabalha em outras profissões não entende a escolha de quem optou por uma carreira policial. Mas o dia de hoje representa o reconhecimento de todo o esforço de vocês”, declarou.

O orador da turma, Mário Jordão, disse que o curso ajudou a compreender melhor as macro e micro questões que envolvem a área de segurança pública, que envolvem problemas de violência urbana e de criminalidade.

Reestruturação das Polícias

O secretário Abreu Filho explicou que o curso é opcional, mas que vai encaminhar para a Assembléia Legislativa um projeto de reestruturação de carreiras nas Polícias Militar, Civil e Científica, determinando sua obrigatoriedade como forma de dar um impulso à corporação. “Quem não fizer o curso poderá ser mandado embora. Forçosamente, o profissional terá de fazer o curso. Ou avança ou sai. Tem uma série de tenentes-capitães, com 50 anos de idade, que ao invés de estarem comandando batalhão, estão fazendo serviço de rua, comandando pelotão. Isto trava a carreira do jovem que ingressou e tem vontade de subir”.

Valéria Cintra