Alckmin visitou alguns estandes na companhia do presidente da Imprensa Oficial do Estado, Hubert Alquéres, e dos secretários da Educação, Gabriel Chalita, e da Casa Civil, Arnaldo Madeira.
Governador comentou da necessidade de se cultivar o hábito da leitura na criança, logo na infância. “Quanto mais cedo ela começar a ler, melhor será o seu desempenho na escola. Vai também ampliar seus horizontes”, disse.
O governador Geraldo Alckmin e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, abriram a 18.ª edição da Bienal Internacional do Livro, no Centro de Exposições Imigrantes, na Capital.
O governador Geraldo Alckmin e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, abriram nesta quinta-feira, dia 15, a 18.ª edição da Bienal Internacional do Livro, no Centro de Exposições Imigrantes, na Zona Sul da Capital. Pela quarta vez, a Imprensa Oficial do Estado estará presente na Bienal. Num espaço de 932 metros quadrados, o maior da feira, estarão sendo apresentados ao público os programas “Escola da Família” e “São Paulo: um Estado de Leitores”, das secretarias da Educação e Cultura, respectivamente.
Os visitantes poderão conhecer um pouco sobre o “Escola da Família”, programa lançado em agosto do ano passado que abre 5.306 escolas do Estado aos finais de semana para levar esporte, cultura, artes e cursos profissionalizantes às comunidades. Conhecido também como espaço da cidadania e de paz, o programa é sucesso entre as cerca de cinco milhões de pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos, que participam das mais variadas atividades. As ações são desenvolvidas pelos mais de 19 mil Educadores Universitários. Eles receberam bolsa integral para cursar suas faculdades e prestar serviços ao “Escola da Família”, numa parceria do Estado com as universidades, num total de 25 mil bolsas.
Pela Secretaria da Cultura, o programa “São Paulo: um Estado de Leitores” vai dispor aos visitantes um espaço para contadores de histórias, realização de recitais de poesia e música e distribuição de livros infantis. O “São Paulo: um Estado de Leitores” foi lançado em abril do ano passado e é uma iniciativa do Governo para incentivar o hábito da leitura. “Queremos zerar o número de municípios sem biblioteca. Até junho, as 645 cidades terão uma biblioteca que também estarão presentes nos conjuntos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU)”, declarou Alckmin observando que o livro não pode ser um bem de acesso somente para as pessoas que tenham dinheiro.
O governador comentou da necessidade de se cultivar o hábito da leitura na criança, logo na infância. “Quanto mais cedo ela começar a ler, melhor será o seu desempenho na escola. Vai também ampliar seus horizontes”, disse. Mesmo com a crise econômica que o País atravessa, Alckmin declarou que o mercado editorial está vendendo bastante livro.
Citando estatísticas do governo federal, o presidente disse que 52% dos alunos matriculados na 5ª série em todo o País, não sabem interpretar o texto que lêem, o que na sua opinião é um ‘problema crônico’ no Brasil. Ele afirmou que o Governo Federal implementará um sistema de avaliação dos alunos (tipo de um provão), com o objetivo de aperfeiçoar os métodos no Ensino Fundamental. O presidente sugeriu ainda que o Ministério da Educação e as secretarias estaduais de Educação elaborem programas de reciclagem de educadores.
Sobre esta questão, Alckmin disse que a rede Estadual de Ensino de São Paulo já aplica nos alunos o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp). O governador comentou que não se pode colocar nas costas dos alunos todas as dificuldades das escolas públicas. “Reprovar é fácil e só contribui para o abandono escolar. A evasão escolar estava em 10% e hoje está em 3%”, declarou. Ele mencionou que o Governo do Estado aumentou a carga horária das aulas, e para que o aluno com problemas de acompanhamento não fique atrasado em relação aos demais, aulas de recuperação são dadas no período de férias. Citou ainda que os professores da rede estadual estão fazendo curso de capacitação.
Segundo a Câmara Brasileira de Livro (CBL), é de 26 milhões de pessoas o universo brasileiro de leitores ativos – os que lêem pelo menos três livros por ano. O presidente da CBL, Oswvaldo Sciliano, acredita que eventos como esse ajudem a intensificar o hábito no País. “Ler é exercitar o pensamento. Esta Bienal representa a crença dos livreiros e empresários no crescimento e consolidação deste mercado editorial que é o pilar da construção de uma nação”.
A 18ª Bienal será realizada até o dia 25 deste mês. Conta com 320 estandes e espera repetir os números da edição anterior: 600 mil visitantes.
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Lilian Santos/Valéria Cintra
