Alckmin lança Projeto Escola de Tempo Integral

Unidades participantes vão funcionar das 7 às 16 horas

qui, 08/12/2005 - 11h13 | Do Portal do Governo


Cada escola participante poderá ter o seu próprio projeto didático-pedagógico, dependendo da realidade cultural, econômica e das necessidades da comunidade

O governador Geraldo Alckmin lançou nesta quinta-feira, dia 8, em São Paulo, o Projeto Escola de Tempo Integral. As unidades participantes do projeto vão funcionar das 7 horas às 16 horas. Na parte da manhã, os alunos vão assistir aulas de todas as disciplinas do currículo, inclusive Educação Física e Educação Artística. À tarde, serão realizadas oficinas culturais com atividades artístico-culturais (dança, música, teatro e artes plásticas), atividades esportivas (várias modalidades, além de atletismo, ginástica, xadrez e jogos cooperativos), orientação à pesquisa e aos estudos, resolução de problemas matemáticos, hora da leitura, informática, práticas em salas ambiente de ciências físicas e biológicas, práticas de educação ambiental e qualidade de vida, onde se inclui ‘Lien Ch´i’ e meditação.

Os alunos dessas escolas terão ainda aulas de língua estrangeira moderna e filosofia, além de atividades para desenvolver uma cultura de empreendedorismo e estímulo ao protagonismo juvenil.

Uma das novidades do programa refere-se à alimentação dos alunos. Sserão servidas três refeições por dia: lanche pela manhã, almoço e lanche à tarde.

Cada escola participante poderá ter o seu próprio projeto didático-pedagógico, dependendo da realidade cultural, econômica e das necessidades da comunidade.

Atualmente, os alunos de 1ª a 8ª séries do Ensino Fundamental têm 5 horas/aula diárias. Na prática, descontada a hora de almoço, passarão a ter 8 horas/aula, por dia. ‘O objetivo é deixar o adolescente mais tempo na escola. Assim ele se afasta das ruas e das drogas’, disse Alckmin.

O Governo paulista considera que o tempo reservado às aulas e ao estudo é um dos dois fatores mais importantes para melhorar a qualidade do ensino. O outro ponto é programa de capacitação permanente dos professores. ‘São Paulo foi o primeiro Estado brasileiro a cumprir a Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional, oferecendo, por conta do Governo paulista, curso superior, bolsa-metrado e capacitação permanente para todos os professores. Nós devemos investir este ano R$ 200 milhões em capacitação de professores’, disse Alckmin.

A adesão das escolas ao tempo integral será voluntária, mediante manifestação expressa da Comunidade Escolar, ouvido o Conselho de Escola. Para aderir ao projeto, a escola deverá ter espaço físico compatível com o número de alunos e salas de aula. Quanto à estrutura física das escolas, não será necessário construir novos prédios para realizar o Projeto Escola de Tempo Integral. Serão feitas apenas adaptações.

O sistema poderá ser adotado tanto por escolas da Região Metropolitana de São Paulo, como do Interior do Estado. As unidades de ensino interessadas terão até o dia 20 de dezembro para decidir sobre a adesão. Depois da escolha, as unidades de ensino passarão por uma adequação do projeto pedagógico e adaptação dos prédios para atender à demanda.

Durante o evento, o secretário da Educação, Gabriel Chalita, informou que a partir da próxima segunda-feira, dia 12, terá início uma votação para aprovação da proposta do Governo paulista, que passa de 4 para 5 aulas no período noturno. ‘Se aprovada, o aluno terá mais aula, mas ela deixa de ser de 50 minutos e passa a ter 45. Com isso, o estudante terá o enriquecimento curricular porque ele passa a ter outras matérias’, informou Chalita.

A proposta será avaliada por todos os professores e alunos do período noturno. ‘É importante que o aluno participe da discussão’, disse Chalita. ‘Se aprovada, todas as escolas terão 5 aulas no período noturno a partir do ano que vem’, informou.

Macedo Júnior