Alckmin lança pedra fundamental da USP Zona Leste

Novo campus oferecerá mil vagas a partir de 2004

sáb, 22/03/2003 - 12h48 | Do Portal do Governo


A Zona Leste da Capital passará a contar com uma unidade da Universidade de São Paulo, a partir de 2004. Neste sábado, dia 22, o governador Geraldo Alckmin lançou a pedra fundamental para a construção da USP, em companhia do reitor da universidade, Adolpho José Melfi. O terreno onde será implantado o novo campus tem 1,2 milhão de metros quadrados e está localizado no Parque Ecológico do Tietê.

No evento, Alckmin destacou o importante papel desempenhado pela USP desde sua fundação. ‘Grande parte do desenvolvimento do Brasil se deve aos 70 anos da USP. E a melhor comemoração é essa – a construção de um novo campus voltado ao desenvolvimento e à melhoria da qualidade de vida da população’, disse.

O governador acrescentou que o Estado vem realizando um esforço permanente na área da Educação, ampliando o ensino técnico e universitário e melhorando o ensino médio e fundamental. No ano passado, a Educação recebeu R$ 50 milhões a mais do que é determinado por lei e neste ano o excedente será de R$ 67,5 milhões.

Sobre a chegada da universidade pública, ele lembrou que a população da Zona Leste também será beneficiada com a construção de um novo acesso pela rodovia Ayrton Senna e a criação da estação USP-Leste da CPTM, que será ao lado do campus. Além disso, o Governo do Estado ainda vai implantar mais uma escola técnica, em Guaianazes, e inaugurar o terceiro hospital na região, em Sapopemba.

Para o secretário João Carlos de Souza Meirelles, de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, a implantação da USP completa um ciclo virtuoso da educação pública na Zona Leste, após a inauguração, no ano passado, de uma faculdade de tecnologia (Fatec AE Carvalho) na região.

O reitor da USP, Adolpho José Melfi, acredita que a USP Zona Leste irá trazer um grande desenvolvimento socioeconômico para a região.

Novo campus

O novo campus oferecerá mil vagas a partir de 2004. Entre as vantagens de se ter uma unidade da USP nesse local estão a necessidade de atendimento de grande parcela da população residente na Zona Leste; a importância da preservação das áreas de várzeas nas margens do Rio Tietê, quanto à ocupação por assentamentos humanos irregulares; e a descentralização das atividades desenvolvidas pela USP na Região Metropolitana de São Paulo, atingindo áreas distantes do Campus da Cidade Universitária “Armando Salles de Oliveira”, que completa, em 2004, 70 anos de funcionamento.

A USP da Zona Leste irá abrigar uma única unidade de ensino, a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) que, conforme rege o Estatuto da Universidade, deverá oferecer cursos diferentes dos que já existem no campus da USP na Cidade Universitária. A proposta é de que sejam criados cursos nas áreas de: Arquitetura Paisagística, Arquitetura de Interiores, Arqueologia, Ciências Ambientais, Turismo, Marketing / Pesquisa de Mercado / Pesquisa de Opinião, Promotor Cultural, Serviço Social, Psicologia (concentração em Recursos Humanos), Políticas Públicas, Cooperativismo (co-gestão), Ciências Atuariais, Formação de Professores, Música (concentração em música popular), Esporte e Moda.

O prédio terá entre 40 e 50 mil m² e receberá investimentos de aproximadamente R$ 40 milhões. A obra deverá durar 10 meses, gerando cerca de 200 empregos.

Sobre a USP

A Universidade de São Paulo é a maior instituição de ensino superior e de pesquisa do País. É a terceira da América Latina e está classificada entre as primeiras cem organizações similares dentre as cerca de seis mil existentes no mundo. A USP tem projeção no ensino superior de todo o continente, forma grande parte dos mestres e doutores do corpo docente do ensino particular brasileiro e carrega um rico lastro de realizações, evoluindo nas áreas da educação, ciência, tecnologia e artes.

Criada em 1934, a universidade tem como objetivo promover a pesquisa e o progresso da ciência; transmitir pelo ensino conhecimentos que enriqueçam ou desenvolvam o espírito e que sejam úteis à vida; e formar especialistas em todos os ramos da cultura e em todas as profissões de base científica ou artística.

As unidades de ensino da USP estão distribuídas em seis campi universitários: um no município de São Paulo e cinco no interior do estado, nas cidades de Bauru, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Carlos. A infra-estrutura administrativa da universidade e 23 das 36 unidades de ensino estão instaladas no campus da Capital, na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira. A USP ainda tem quatro grandes unidades de ensino que ficam fora do campus universitário, em São Paulo, e algumas bases científicas e museus em outras cidades, como Anhembi, Anhumas, Araraquara, Cananéia, Itatinga, Itirapina, Piraju, Salesópolis, São Sebastião, Ubatuba e Valinhos, e ainda em Marabá, estado do Pará.

A USP oferece cursos de bacharelado e de licenciatura em todas as áreas do conhecimento. Na pós-graduação, dez dos vinte e três programas nacionais receberam nota máxima atribuída pela Coordenação de Cooperação de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério de Educação.

Serviços

Os museus e a Estação Ciência recebem juntos quase um milhão de visitantes. Os hospitais universitários da capital e do interior servem a uma comunidade de mais de um milhão de pessoas. Além destes serviços, o campus de São Paulo ainda possui um Centro de Práticas Esportivas (Cepeusp), parques para cooper, serviços de análises clínicas, genética, atendimento psicológico e odontológico. Possui também um Hospital Universitário e um Veterinário realizando parcerias com o Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina, e com o Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo.

A universidade integra na Coordenadoria de Comunicação Social da USP (CCS) todas as mídias oficiais – a Rádio USP, a TV USP, a Agência USP, a Revista USP, o Jornal da USP, o Portal Web da USP e a Revista Espaço Aberto.

Rogério Vaquero