Alckmin inspeciona obras da Linha 4 do Metrô e dá início à construção do Pátio Vila Sônia

Ele também vistoriou as obras subterrâneas que estão sendo feitas na Estação da Luz e que vão integrar as linhas da CPTM e do Metrô

qui, 02/09/2004 - 15h43 | Do Portal do Governo


O governador Geraldo Alckmin dedicou boa parte da manhã desta quinta-feira, dia 2, na vistoria de obras de transporte de massa, que ajudam a desafogar o trânsito tanto da Capital, como na Grande São Paulo. Na Estação da Luz, caminhou pela passagem subterrânea que foi construída, onde serão integrados os trens da CPTM com os do Metrô. Em seguida, acompanhado por uma comitiva formada por autoridades, entre elas, o cônsul do Japão, Hitohiro Ishida, e um grupo de jornalistas, Alckmin percorreu de ônibus o trajeto da Linha 4 do Metrô. Parou na rua Consolação onde estão sendo feitas as escavações do poço de acesso da estação Higienópolis. O percurso terminou no Pátio Vila Sônia que abrigará 26 trens da Linha 4. Alckmin acionou uma máquina de terraplenagem dando início às obras do pátio.

Na Estação da Luz, Alckmin vistoriou os corredores subterrâneos que vão permitir a integração dos trens da CPTM com os do Metrô. Todas as linhas vão se converger na Luz, restará apenas a de Itapevi (CPTM), que será integrada em março de 2005.
“Hoje a pessoa tem de descer do Metrô na rua Mauá, vir pela calçada, comprar outro bilhete para tomar o trem, ou vice e versa. Com o final da obra ele vai poder usar os dois tipos de transporte, com um único bilhete, sem precisar sair da estação”, explicou Alckmin. A inauguração deste sistema será feita no próximo dia 22, porém o funcionamento integrado entrará em operação sempre aos domingos, a contar do dia 26, estendendo-se até novembro.

“Hoje passam pela Estação da Luz 70 mil pessoas/dia. Com a integração vai passar para 150 mil/dia. Quando a Linha 4 estiver funcionando vai passar para 300 mil/dia. Ninguém mais vai precisar fazer aquela ginástica para se deslocar e nem para pagar”, falou o governador. O local terá acesso direto para a Pinacoteca, além do maior complexo de escadas rolantes do País.

Alckmin acrescentou a necessidade de se investir em transporte de alta capacidade e qualidade para desafogar o trânsito, evitar que as pessoas percam tempo e não afetar a economia da cidade. “Não tem como uma cidade com 5,5 milhões de veículos poder funcionar, entrando mais 200 mil veículos/ano. As pessoas não usam carro porque querem. Usam porque não tem opção possível. O jeito é expandir o Metrô”. Ele afirmou que é pouco os 59 quilômetros de linha existentes na rede, para uma cidade como São Paulo, por isso o Governo está construindo mais 3 km na Linha 2 e estes 12,8 na Linha 4.

Linha 4 do Metrô

Orçada em R$ 3,1 bilhões, a Linha 4 conta com recursos diretos do Governo do Estado de São Paulo e financiamento parcial do Banco Mundial (Bird) e Japan Bank for International Cooperation (JBIC) que serão utilizados ao longo de 42 meses durante o prazo de sua execução que já começou. A obra contará com 11 frentes de trabalho para ser entregue no tempo previsto.

A Linha 4 terá 12,8 quilômetros de extensão e 11 estações. Na primeira etapa, prevista para ser concluída entre 2007 e 2008, haverá a construção de seis estações prioritárias, em função da integração (Butantã, Pinheiros, Paulista, República, Luz e Vila Sônia).

Para a segunda fase do projeto, que terá a participação da iniciativa privada, está prevista a operação de outras seis estações (Morumbi, Três Poderes, Faria Lima, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis). O prazo total de conclusão é de sete anos.

Pela primeira vez haverá os sistema de concessão de uma linha de Metrô. A primeira etapa, que envolve túnel a parte física, será feita com dinheiro do Governo mais os financiamentos obtidos com o JBIC e com o Banco Mundial. Já a compra dos trens será feita com recursos da iniciativa privada que será remunerada pela tarifa do Metrô. “Este é o típico exemplo de parceria mista. O Governo sozinho teria dificuldade de pagar toda a obra”, acrescentou Alckmin. Este modelo já tem na EMTU, onde quem compra os ônibus é o setor privado.

“Esta é a obra mais importante do Metrô em termos de recursos, não tem nenhuma obra que se aproxime perto dos R$ 3 bilhões ao longo deste período”, considerou Alckmin.

Quando as 11 estações estiverem concluídas, serão transportados 900 mil passageiros/dia. Hoje o Metrô transporta 2,7 milhões/dia. O aumento será de 33%.

Valéria Cintra