Alckmin inaugura Farmácia Dose Certa em estações do Metrô

Programa atenderá pacientes do SUS tanto da rede estadual quanto municipal de saúde

seg, 13/09/2004 - 14h04 | Do Portal do Governo


A partir desta segunda-feira, dia 13, os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão retirar medicamentos gratuitos em dez estações do Metrô. Serão distribuídos 40 tipos de remédios básicos como analgésicos, antibióticos, pomadas, xaropes, antiinflamatórios e para hipertensão. O programa, denominado Farmácia Dose Certa, foi lançado pelo governador Geraldo Alckmin na Estação Sé. De lá, ele foi até a estação Brás visitar uma outra unidade.

O programa atenderá pacientes do SUS tanto da rede estadual quanto municipal. A pessoa deverá apresentar a receita do posto de saúde ou de qualquer hospital da rede pública. Sem a receita, não haverá atendimento. A prescrição médica deve indicar o princípio ativo do medicamento e não o nome comercial. “Remédio não é bala. Queremos evitar a auto-medicação, tem contra-indicação e efeitos colaterais. Por isso, precisa da receita para ter acompanhamento”, disse o governador, que também é médico. Se na receita tiver o nome comercial, o paciente terá de trocar com o médico.

Quanto à distribuição no Metrô, ele comentou que o objetivo é facilitar o acesso dos milhares de usuários que circulam pelas estações. “Elas vão ter mais conforto e não precisarão gastar com condução”, observou.

A Secretaria Estadual da Saúde investiu R$ 600 mil para montar quiosques da Farmácia Dose Certa nas estações Saúde, Santana, Tucuruvi, Ana Rosa, Clínicas, Corinthians/Itaquera, Carrão, Brás, Sé e Barra Funda. Em cada farmácia haverá um farmacêutico e seis funcionários que irão atender de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. O secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, informou que 70 pessoas foram contratadas pela Fundação Para o Remédio Popular (Furp) para atuarem neste programa.

Os medicamentos fornecidos na Farmácia Dose Certa são fabricados pela Furp e cobrem mais de 80% das doenças mais comuns como vermífugo para crianças, antitérmico, pressão alta, diabete, coração, diurético, entre outros.

A Furp produz hoje 2 bilhões de unidades de remédio por ano. A construção da unidade de Américo Braziliense, região de Araraquara, vai possibilitar dobrar o atendimento à população, com a produção de mais 1,8 bilhão de unidades. Em 2003, o Estado gastou R$ 360 milhões na fabricação dos remédios. Em 2004 foram R$ 500 milhões.

“Sai mais barato para o Governo, porque somos nós quem fabricamos. Os medicamentos são distribuídos em todos os postos de saúde, hospitais, ambulatórios, nos 645 municípios do Estado. “Às vezes, acontece da pessoa ir em um determinado posto e não encontrar um tipo de remédio devido a demanda. Então, se ela tiver algum problema, é só vir em uma destas estações do Metrô, traz a receita e sai com o remédio”, afirmou Alckmin.

Já as pessoas que têm medicação contínua, que fizeram transplante, hemodiálise, vão passar a receber os remédios pelo correio, informou o governador. “Ela não precisará gastar dinheiro com transporte. Estamos facilitando a vida das pessoas”, disse o governador.

Logo após a inauguração na Estação Sé, várias pessoas procuraram pelo novo serviço. Com quatro pontes de safena, o aposentado Idílio Saturnino Tomaz, 70 anos, achou o remédio que estava procurando para o coração. “Estava a caminho da casa de minha irmã e vi toda esta movimentação e fiquei na fila para ver se tinha o remédio que precisava. Esta farmácia no Metrô facilita muito a vida da gente”, comentou o morador do Parque Novo Santo Amaro, que ganha R$ 260,00 por mês.

Após a avaliação do programa nas estações do Metrô, o secretário Barradas comentou que pode haver a possibilidade da Farmácia Dose Certa ser estendida para outras regiões do Estado.

Valéria Cintra