Alckmin: ‘Governadores do PSDB apóiam reforma da previdência’

Afirmação foi realizada após encontro com a bancada do partido no Senado, em Brasília

ter, 11/11/2003 - 21h10 | Do Portal do Governo

Os oito governadores do PSDB ‘deixaram claro o apoio à reforma da previdência, inclusive na questão da cobrança de inativos e o sub-teto’, disse o governador Geraldo Alckmin após o encontro com a bancada do partido no Senado, nesta terça-feira, dia 11, em Brasília.

‘A bancada tem autonomia, governador não manda em senador, mas é evidente que a posição dos oito governadores deve ter reflexos’, afirmou Alckmin, destacando que ‘nós não viemos aqui para criar constrangimento para ninguém, mas para deixar clara a posição dos governadores’.

Com relação à reforma tributária, Alckmin considerou ‘muito positiva a proposta do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) de fazer nesse momento o estritamente necessário, em etapas, e tendo sempre em foco simplificar, desonerar, estimular emprego, renda e trabalho.

O governador reafirmou que é favorável à unificação do ICMS. ‘Agora, se quiser fazer essa unificação com prazo de vigência, podendo vigorar daqui um ano, não tem problema nenhum’ afirmou. ‘Você faz agora o estritamente necessário e complementa em uma segunda ou terceira etapa. Acho que isso é possível.’

Ele voltou a marcar sua posição contra a guerra fiscal. ‘O texto da reforma tributária constitucionaliza a guerra fiscal. Qual é a nossa proposta? É tirar do texto qualquer referência a guerra fiscal. Como se pode constitucionalizar o que é ilegal?’

Alckmin afirmou que a guerra fiscal não beneficia Estados mais pobres. ‘Ela ocorre majoritariamente entre os mais poderosos e fazendo renúncia fiscal para quem não precisa. E aí, quem paga a conta é o pobre, porque é menos escola, hospital e saneamento’.

Para o governador, o caminho é o incentivo ao desenvolvimento regional, dos fundos de desenvolvimentos regionais, de estímulo efetivo do desenvolvimento das regiões, ‘mas não guerra para tirar uma empresa de um lugar para outro, o que acaba prejudicando o País’.

Em relação à força-tarefa de combate ao crime organizado, reunindo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, Alckmin disse que a união de forças proporciona uma eficiência maior na troca de informação, planejamento, na inteligência da polícia e na ação policial, principalmente em relação ao tráfico de armas.

Takao Miyagui