Alckmin faz balanço da viagem à China

São Paulo poderá exportar álcool combustível para a China

seg, 31/05/2004 - 13h26 | Do Portal do Governo


Na manhã desta segunda-feira, dia 31, o governador Geraldo Alckmin recebeu a imprensa no Palácio dos Bandeirantes para fazer um balanço da visita à China. O governador saiu de São Paulo no dia 21 de maio, esteve em Pequim e Xangai, onde expôs aos chineses as possibilidades que o Estado oferece para negócios e parcerias e também participou da inauguração do escritório da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), em Xangai. Na volta ao Brasil, ele parou em Washington, nos Estados Unidos, para assinar contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para implantação de Fábricas de Cultura em regiões violentas da Capital paulista. Alckmin chegou a São Paulo neste domingo, dia 30.

De acordo com o governador, sua visita à China país teve três principais objetivos: incrementar o comércio exterior entre o Estado e aquele País, que atualmente já é o terceiro maior comprador dos produtos exportados por São Paulo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Argentina; a exposição dos principais produtos paulistas; e as possibilidades de parcerias público-privadas (as PPPs). Ele colocou ainda a possibilidade de São Paulo ser uma plataforma para a América do Sul e a China, para a Ásia. Segundo o secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Souza Meirelles, que também integrou a comitiva do governador, a proposta levada não foi simplesmente de exportação e importação de produtos, mas a de formação de parcerias.

Para Alckmin, na área do agronegócio, o álcool é o produto que tem mais possibilidade de atrair o mercado chinês. “A China tem problemas de poluição e o álcool combustível, o etanol, é uma energia limpa, produz menos carbono que os combustíveis fósseis. Há uma possibilidade de se colocar a maior venda de etanol”, explicou. Ele lembrou que São Paulo tem o maior canavial do mundo e é o maior produtor de açúcar e de álcool do mundo. Meirelles lembrou que a China sediará os Jogos Olímpicos de 2008 e precisará despoluir as áreas onde se realizarão os jogos.

Nas três exposições que teve oportunidade de fazer, sendo uma em Pequim e duas em Xangai, o governador também apresentou outros produtos de São Paulo, como café, carne bovina, farelo de soja, móveis, suco de laranja, plástico, aviões (a Embraer já montou uma fábrica no Norte da China, em associação com os chineses), automóveis, máquinas e equipamentos, alimentos, turismo (para haver uma reciprocidade maior) e serviços, entre outros.

Em Xangai, Alckmin participou da inauguração do escritório da BM&F, no prédio do Banco da China, que contará com representações dos Estados de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Este é o segundo escritório da Bolsa de Mercadorias e Futuros no exterior. O primeiro é em Nova York. “A Bolsa de Mercadorias e Futuros é importante para garantir, no caso das exportações brasileiras, o cumprimento dos contratos e também a qualidade dos produtos ou serviços exportados”, explicou.

O governador disse que as apresentações causaram muito boa impressão aos chineses, já que os filmes levados para mostrar São Paulo eram narrados em Mandarim, a língua oficial do País. Para Alckmin, ainda existem algumas dificuldades no relacionamento de São Paulo com a China, como o idioma, a diferença de hábitos de consumo e a falta de acordo bilateral sanitário e fitosanitário. “São dificuldades a serem vencidas”, disse. Ele enfatizou que a China tem 20% da população do mundo, com crescimento do PIB em quase 10% ao ano.

Cíntia Cury