Os 268 apartamentos foram construídos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) na rua Barão do Tietê, esquina com a rua Doutor Foom, no bairro da Mooca. O investimento na construção dessas unidades é da ordem de R$ 13 milhões.
‘Estou muito feliz. Hoje realizei meu sonho’, disse a dona de casa, Marlene Souza Pereira, que recebeu as chaves do apartamento do governador Geraldo Alckmin.
Alckmin informou que esse modelo será reproduzido nas demais unidades da CDHU.
As moradias que foram entregues são para famílias que estavam morando em 31 cortiços espalhados pela cidade de São Paulo.
O governador Geraldo Alckmin entregou nesta quarta-feira, dia 27, na capital, um conjunto habitacional diferente de tudo o que já foi feito nesta área no País. Trata-se de um prédio inteligente, que incorpora avanços tecnológicos que são uma novidade até para prédios de alto padrão. Um sistema ainda inédito na América Latina vai permitir conexão de Internet, linhas telefônicas e TV a cabo em qualquer tomada elétrica dos apartamentos. E a medição eletrônica e individual do consumo de água, luz e gás vai proporcionar economia nas contas de condomínio.
Os 268 apartamentos foram construídos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) na rua Barão do Tietê, esquina com a rua Doutor Foom, no bairro da Mooca. O investimento na construção dessas unidades é da ordem de R$ 13 milhões.
O governador comentou que qualquer tomada do apartamento pode ser ligada com a internet. ‘Isso possibilita, além do conforto, a medição individual de água. Ao invés de pagar uma conta de água e luz coletiva será individual, reduzindo a despesa do morador. No caso da energia elétrica reduz em até 30% e na conta de água 6%’, disse.
Alckmin informou que esse modelo será reproduzido nas demais unidades da CDHU.
As moradias que estão sendo entregues são para famílias que estavam morando em 31 cortiços espalhados pela cidade de São Paulo. Portanto, a entrega faz parte do Programa de Atuação em Cortiços (PAC), que tem financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
‘Esse é um programa que substitui cortiço por moradia’, disse o governador. Ele destacou que o condomínio, localizado no bairro da Mooca, é uma revitalização do centro de São Paulo. ‘Estamos fazendo unidades habitacionais no centro expandido, perto do emprego e da renda das pessoas’, disse. Ele informou ainda que nas áreas onde foram retiradas as famílias serão construídos outros prédios.
‘Estou muito feliz. Hoje realizei meu sonho’, disse a dona de casa, Marlene Souza Pereira, que recebeu as chaves do apartamento do governador Geraldo Alckmin. Ela contou que morava com o marido e os três filhos em um cortiço no centro. ‘Morava em um local que não oferecia o mínimo conforto. Agora vou viver em uma moradia digna’.
Marlene afirmou que vai trabalhar duro para não atrasar as prestações. ‘Vou trabalhar muito’, comentou. Para ela, o condomínio é muito luxuoso. ‘Sai de um cortiço e vou morar em um apartamento com toda a tecnologia’, disse emocionada.
Tecnologia de ponta
Os avanços dos prédios inteligentes possibilitaram uma economia de 34% nos custos de construção e implantação dos sistema prediais. Além disso, reduzirão em 30% as contas de água pagas pelos mutuários.
O conjunto vai funcionar com uma tecnologia inédita na América Latina, que é o sistema Power Line Communication (PLC).
O PLC nada mais é do que o uso da rede elétrica tradicional para a transmissão de informações e sinais eletrônicos. Por meio desta tecnologia, implantada numa parceria da CDHU com a Eletropaulo, os mutuários dos prédios que estão sendo entregues na Mooca poderão ter acesso à Internet, TV a cabo e sistema telefônico a partir de qualquer tomada comum dos apartamentos.
Em outras palavras, se um mutuário tiver um computador e quiser ligá-lo à Internet usando a tomada do banheiro do apartamento ou de qualquer outro cômodo, poderá fázê-lo. O mesmo sistema valerá para a TV a cabo e os aparelhos telefônicos.
Esse sistema, incomum até em imóveis de luxo, representa impactos econômicos e sociais muito grandes. O principal deles é que as operadores de banda larga e TV a cabo ficam desobrigadas de fazer investimentos em instalações de cabos e feixes de fibra ótica para levar seus conteúdos ao conjunto da CDHU – agora, as tomadas darão conta de todo o recado.
Do ponto de vista econômico, o novo sistema tecnológico barateia o custo de acesso a tais bens de informação pelos mutuários. Isto é, o PLC tornará possível a assinatura de pacotes coletivos de banda larga e TV a cabo para que os moradores dos conjuntos tenham acesso à rede de computadores e canais de televisão.
Primeira fase
Esta é a primeira fase da entrega do Empreendimento Mooca que contará, no total, com 524 apartamentos. Os conjuntos habitacionais Mooca B e C juntos possuem três prédios, com 10,15 e 16 andares cada, distribuídos em dois condomínios fechados com muro externo. No total, são 16.017,76 m² de área construída. O empreendimento tem paisagismo, urbanismo e estacionamento pavimentado com 90 vagas – além de toda a infra-estrutura de redes de água, esgoto, energia elétrica e telefonia. Além disto, os moradores têm à disposição dois centros de apoio comunitário.
Os apartamentos possuem 60 m² de área total construída, dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço e foram viabilizados pelo programa Pró-Lar Núcleo Habitacional por Empreitada. Neste programa, a CDHU contrata uma empresa, por meio de concorrência pública, para a compra do terreno, execução de infra-estrutura e construção das moradias, que serão comercializadas pela Companhia. O programa é destinado às famílias com renda entre um e dez salários mínimos, que residam no município há pelo menos três anos e que não sejam proprietárias de imóvel nem de financiamento habitacional.
Macedo Júnior
