Alckmin e Rigotto discutem reforma da Previdência

Governador gaúcho quer implantar também em seu Estado modelo paulista do Bom Prato

seg, 06/01/2003 - 21h31 | Do Portal do Governo


A reforma da Previdência foi o principal tema do encontro mantido nesta segunda-feira, dia 6, no Palácio dos Bandeirantes, entre o governador Geraldo Alckmin e o governador Germano Rigotto, do Rio Grande do Sul.

‘Todos os Estados acumulam um grande déficit previdenciário. Em São Paulo, a diferença entre o que se arrecadada e as despesas é superior a R$ 7 bilhões’, disse Alckmin, acrescentando que por isso há urgência em se discutir a questão. ‘Aqui já criamos um grupo de trabalho comandado pelo vice-governador, assim como Rigotto em seu Estado, e vamos trocar idéias’.

Para o governador é uma reforma constitucional que demanda 3/5 de votos em duas votações na Câmara Federal e no Senado, exigindo um esforço coletivo. ‘Como há uma interface federal, vamos ajudar, porque é inadiável e importante para o País’.

Os dois governadores trocaram informações sobre as medidas que estão sendo tomadas em relação à contenção de gastos. Rigotto disse que veio conhecer o Bom Prato, programa do Governo paulista que serve refeições a R$ 1,00. ‘É um sucesso, com mais de 8 milhões de refeições anuais servidas, e espero implantá-lo no Rio Grande do Sul, em colaboração com entidades da sociedade civil e com o próprio Governo federal, que está empenhando no seu programa Fome Zero’. Outro programa que interessa ao governador gaúcho é o das padarias artesanais, comandada por Maria Lúcia Alckmin, presidente do Fundo Social de Solidariedade (Fussesp).

Após o encontro, o governador Geraldo Alckmin falou da questão da MP das estradas e a suspensão das licitações em andamento por parte do Governo federal.

Quando foi feita o MP das estradas, São Paulo só ficou com 35 quilômetros, porque nossas rodovias são maiores, explicou o governador. A Fernão Dias, onde o Estado colocou 25% do dinheiro para duplicar, está inacabada. Faltam ainda viadutos, marginais e o recapeamento da pista velha. A Régis Bittencourt também está inacabada, o trecho da serra não tem duplicação. A única que está em boas condições é aquela que foi concessionada, a Dutra.

‘São Paulo está disposto a assumir e arrumar as rodovias, desde que haja uma compensação financeira. Esse é um bom princípio, o da descentralização. É mais fácil o Estado fazer a manutenção que deixar para Brasília’, disse o governador, ressaltando que o Rodoanel não sofrerá problemas, pois ‘já tem dinheiro no orçamento e não haverá obra este ano, apenas o projeto executivo’.