Alckmin e primeiro-ministro do Japão visitam uma das maiores usinas de açúcar e álcool do País

nd

ter, 14/09/2004 - 21h22 | Do Portal do Governo


São Paulo trabalha para exportar álcool, preservando o meio ambiente, evitando o efeito estufa e indo em direção ao Protocolo de Kyoto, diz governador

O governador Geraldo Alckmin e o primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi visitaram nesta terça-feira, dia 14, a Usina de Açucar e Álcool São Martinho, em Pradópolis, na região de Ribeirão Preto, a 330 quilômetros da Capital. Sobrevoaram, ainda, os municípios de Guatapará, Matão, Luiz Antonio e Gavião Peixoto, onde se localiza uma unidade da Embraer, que tem parceria com a empresa japonesa Kawasaki.

Ao falar sobre as perspectivas de exportação de álcool ao Japão, Alckmin afirmou que o álcool é atualmente uma importante alternativa de energia limpa para a preservação do meio ambiente – daí sua importância para o Japão. “Estamos trabalhando para que São Paulo, grande produtor de cana-de-açúcar possa exportar álcool, evitando o efeito estufa e indo em direção ao Protocolo de Kyoto. O Brasil tem uma ótima tecnologia e tem tudo para exportar o álcool anidro ao Japão e colocá-lo na gasolina”.

Para ele, o Brasil está dando um exemplo para o mundo, colocando 25% de álcool na gasolina. O governador lembrou que o Brasil já entrou na era do biocombustível – carro que funciona a álcool e gasolina, possibilitando maior economia.

Após sobrevoar a região e visitar a usina, Koizumi afirmou que o Japão está interessado na produção do etanol, “porque é bom para a preservação do meio ambiente. Disse ainda que “não pensamos em investir, mas há espaço para estudos”. Sobre interesse do Japão num acordo de livre comércio com o Japão, o primeiro ministro declarou que o Japão quer “aumentar o intercâmbio porque temos muitos pontos em comum”.

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, otimista com as possibilidades de negociações, considerou que os japoneses sabem “que os preços do petróleo estão subindo a um nível exacerbado, e é preciso encontrar alternativas: e o álcool é uma possibilidade.”

Uma das preocupações do governo japonês é a questão da garantia de fornecimento. Por isso, o governador e o ministro se empenharam em levar Koizumi para uma visita à Usina São Martinho, considerada uma referência no setor. Para eles, o primeiro ministro precisava ter uma dimensão da grandeza do processo de produção do álcool e do açúcar para ter uma segurança de abastecimento. A usina produz dois milhões de litros por dia de álcool, é “um mar de cana e um rio de álcool”, na expressão de Roberto Rodrigues.

A usina, fundada em 1948, tem uma área cultivada de aproximadamente 67 mil ha. composta de áreas próprias e parcerias agrícolas. Conta com ampla infra-estrutura de transporte ferroviário, rodoviário e aéreo, impressionando por suas dimensões, tecnologia e produtividade.