Alckmin e Lula participam da abertura da Feicon 2003

Governo destina R$ 1,28 bilhão do ICMS para o setor de construção civil

ter, 08/04/2003 - 12h29 | Do Portal do Governo

Responsável por 19,6% do PIB brasileiro, o que corresponde a 5,5 milhões de empregos diretos no País e 9% da economia nacional, o setor de construção civil está apresentando seus novos produtos na 11ª Feicon – Feira Internacional da Indústria da Construção, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. O evento, que será realizado até o dia 12, conta com a participação de 550 empresas nacionais e estrangeiras e é considerado, por especialistas, a maior feira do ramo da América Latina. O governador Geraldo Alckmin e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriram a feira.

Paralelamente à Feicon, serão realizadas a I Feicon de Mármores e Granitos, o 8º Simpolux – Simpósio Brasileiro de Iluminação Eficiente e Exposição de Equipamentos e Luminárias, e o 1º Encontro Feicon de Arquitetura.

Alckmin destacou as ações que o governo está potencializando para este importante setor da economia. ‘Estamos com 67 mil moradias em construção pela CDHU. São Paulo investe um ponto percentual de todo o seu ICMS arrecadado, o que representa hoje R$ 1,28 bilhão, para poder atuar num setor essencial da economia’, falou.

Ele comentou que o Governo do Estado criou o Pró-lar, por meio do Banco do Povo Paulista, que tem como objetivo financiar a compra de material de construção para as pessoas poderem terminar a reforma de sua casa. Citou ainda que tem um convênio com a prefeitura de São Paulo para a construção de moradias, para tirar moradores das áreas de risco e do desfavelamento.

O governador disse que o Centro Paula Souza está desenvolvendo um programa educacional no sentido de qualificar mão-de-obra para este setor. Comparou que a boa política e o setor da construção civil têm algo em comum: a boa construção é aquela que vai mais longe que o seu construtor, e que São Paulo está se empenhando nas reformas tributária e previdenciária, que estão sob o comando do presidente Lula, e lhe deu um alento. ‘Nem sempre se colhe os frutos no dia seguinte, às vezes, leva décadas. Mas são obras fundamentais para a construção de um Brasil que gere emprego, progrida e tenha desenvolvimento’, afirmou.

Lula disse que a indústria da construção civil brasileira não fica a dever a nenhum outro país. Comentou que, na reunião que teve com os prefeitos em Brasília, liberou R$ 1,4 bilhão para se retomar a construção de moradias no país. Também observou a necessidade de se evitar o crescimento das favelas nas grandes metrópoles. Lula disse que no que depender do governo federal não faltarão acordos e financiamentos para que a construção civil seja a grande geradora de emprego e desenvolvimento no país.

O Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse que é preciso preencher a lacuna das 5 milhões de pessoas que desejam ter sua casa própria, e destacou que as taxas de juros impedem que isto aconteça. Ele acrescentou que o setor de construção civil vem crescendo no mercado exterior, e que hoje o Brasil não vende apenas matéria-prima. ‘Tem agregado valor ao produto, principalmente em cerâmica, chapas polidas, rochas ornamentais, granitos’, enumerou.

Furlan afirmou que o governo tem atendido às reivindicações do setor, e que vem possibilitando a modernização com a aquisição de novas máquinas e equipamentos com a redução dos tributos de importação, para que o Brasil possa efetivamente ocupar seu espaço no mercado internacional. O ministro disse que está sendo aprovando dois novos programas para o setor no sentido de oferecer promoção comercial para que se possa explorar mais nichos de mercado.

Valéria Cintra