Alckmin e Guido Mantega se reúnem para acertar empréstimo para a Linha 2 do Metrô

Encontro foi no Palácio dos Bandeirantes e contou com a participação do secretário Eduardo Guardia

sex, 05/08/2005 - 15h52 | Do Portal do Governo


Após se reunir nesta sexta-feira, dia 6, no Palácio dos Bandeirantes com o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Guido Mantega, o governador Geraldo Alckmin anunciou que técnicos do Governo do Estado e do banco darão continuidade às tratativas envolvendo a operação de apoio financeiro do BNDES ao projeto de construção da Linha 2 Verde do Metrô.

O objetivo é que em até duas semanas já se tenha chegado a uma nova formatação que atenda aos interesses das duas partes.

Os três pontos principais da conversa mantida hoje entre o governador Alckmin e Guido Mantega foram: existe interesse comum em financiar esse projeto prioritario com recursos do BNDES; os parâmetros financeiros da operação serão ajustados de forma a conciliar os pontos de vista sobre os eventuais ganhos das duas partes na operação; e estudo de alternativas com vista à ampliação da operação, que hoje seria de R$ 280 milhões, para até R$ 390 milhões.

“A conversa foi muito proveitosa”, disse o governador, observando: “Quero dizer que o presidente Guido Mantega tem muito boa vontade e as equipes técnicas vão sentar e conversar sobre dois pontos: a questão da operação de mercado de capitais com renda variável, mas em outros termos, e a questão do montante do apoio financeiro.”

Mantega, por sua vez, disse que o BNDES está fazendo “um grande esforço” para viabilizar a operação. “Deixei claro para o governador que o propósito do banco não é tirar vantagem ou auferir lucro na valorização das ações que serão dadas como garantia. O nosso propósito é viabilizar o empreendimento, mas atualmente temos de ter alguma participação, por pequena que seja, na valorização de preço das ações, porque é isto que caracteriza uma operação de renda variável”, disse.

A operação discutida entre Alckmin e Mantega hoje no Palácio dos Bandeirantes prevê que nas datas de pagamento do Metrô ao BNDES o banco tenha a opção de receber em dinheiro ou na forma de ações da Cesp e da Cteep, que poderiam ser vendidas no mercado a um preço que permitiria ganho econômico para o BNDES.

A diferença de posições entre o Governo do Estado e o BNDES, que deverá ser equacionada nas próximas semanas pelas equipes técnicas, diz respeito ao compartilhamento deste ganho econômico entre o banco e o governo paulista.

Pela proposta anterior do banco, a cada vencimento de parcelas da operação o BNDES poderia receber 30% do valor da parcela em ações sempre que elas estivessem acima de 30% de seu valor atual. “Aí é que vem a nossa preocupação – disse o governador -, porque nós podemos ter uma valorização acima de 30% e o Estado estaria abrindo mão dessa valorização. Esses são os números que nós vamos discutir”.

Mantega sinalizou positivamente: “Eu disse para o governador que estou aberto para que minimizemos esta participação na valorização, de modo que praticamente toda ela fique para o Governo do Estado”, disse.

Alckmin e Mantega demonstraram estar confiantes em que vai se chegar a um denominador comum, resolvendo se essa questão, “muito importante, porque um dos grandes problemas de São Paulo é o transporte metropolitano”, disse o governador, acrescentando que ouviu do presidente do BNDES também a disposição de ampliar o volume da operação de R$ 280 milhões para R$ 390 milhões, atendidas as condições de garantia exigidas pelo banco.

Secretaria de Estado da Fazenda
Assessoria de Imprensa