Alckmin e a presidente do Fussesp lançam programa de Padarias Artesanais nas escolas

Programa do Fundo Social de Solidariedade será levado às unidades

dom, 14/12/2003 - 15h52 | Do Portal do Governo


O ambiente escolar como pano de fundo para as transformações no comportamento do jovem e como canal de instrumento para a geração de emprego e renda dos pais e alunos; sem desviar de seu principal objetivo que é passar informação.

Intensificado suas ações na área social, o governador Geraldo Alckmin, juntamente com presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp), Lu Alckmin, lançaram, neste domingo, dia 14, na Zona Leste da Capital, o programa de Padarias Artesanais nas escolas estaduais que abrem as portas nos fins de semana para a prática de atividades culturais, esportivas e de lazer.

O evento foi realizado na Escola Estadual Deputado Astolfo Araújo, em Itaquera, onde governador também visitará os cursos de qualificação básica oferecidos no Programa Escola da Família, resultado de uma parceria entre a Secretaria da Educação e o Centro Paula Souza. Nessa escola são oferecidos os cursos de eletricista, bisqui, cabeleireiro e manicure.

O programa de Padarias Artesanais faz parte do Plano de Geração de Emprego e Renda do Fundo Social de Solidariedade. Consiste na produção de pães por processos caseiros, sem a utilização de equipamentos especiais ou conservantes. Os kits de padaria, compostos por forno, batedeira, liqüidificador, balança e assadeiras, são captados pelo Fussesp junto à iniciativa privada e distribuídos a entidades e associações cadastradas, fundos municipais de solidariedade e escolas. Cada kit custa, em média, de R$ 700 a R$ 1.200, dependendo da empresa e da negociação.

Em dois anos, o Programa de Padarias Artesanais já implantou mais de quatro mil unidades em todo o Estado, sendo cerca de 1.400 em entidades assistenciais da Capital cadastradas no Fussesp, aproximadamente 2.100 kits entregues aos fundos sociais de solidariedade do Interior do Estado e da Grande São Paulo, além de 508 distribuídos às escolas estaduais que já abriam nos fins de semana, pelo programa Parceiros do Futuro.

Está prevista a instalação, até o final de 2004, de padarias artesanais em toda a rede estadual de ensino, ou seja, em mais de cinco mil escolas estaduais.

Satisfeito com a visita feita à escola Astolfo Araújo, e com o grande envolvimento da comunidade nas diversas atividades realizadas, Alckmin disse que um governo educador não se restringe somente de segunda a sexta-feira e sim a uma nova maneira de se ajudar na condição da cidadania.

Ele relembrou que o programa Escola da Família Espaço da Paz abre as seis mil unidades escolares aos finais de semana, contando com a presença de 25 mil universitários que participam tendo parte da mensalidade da faculdade paga pelo Estado e outra pela instituição do ensino privado.

Lu Alckmin ressaltou que o programa de padaria artesanais, além de ajudar as pessoas a se alimentarem melhor, vai colaborar para terem outra fonte de renda. ‘Essas iniciativas atraem a comunidade e ajudam a evitar que os jovens se desvirtuem para os caminhos das drogas e violência.

O secretário da Educação, Gabriel Chalita, observou que o objetivo da Secretaria é possibilitar que as famílias tenham uma convivência melhor e a escola pode ajudar muito nisso. Porém ressaltol a importância do envolvimento dos diretores e professores para a abertura das escolas nos finais de semana. ‘Alguns tinham receio de abrir os portões das escolas mas foram mudando de visão ao perceberem que quanto mais atividades recreativas e profissionalizantes puderem proporcionar a comunidade, mais a escola será preservada e respeitada pelos alunos.’

Entre as mães que participaram do programa Padarias Artesanais está Tereza ribeiro, 42 anos, cuja a filha Raquel está na 8ª série da escola Astolfo Araújo. Ela trabalha como diarista e acredita que os pãezinhos recheados vão ajudar no orçamento familiar, além de aprender a fazer os pães ela freqüenta a escola todos os finais de semana para aprender a pintar quadros.

O Fundo Social também é responsável pela capacitação dos agentes multiplicadores, que levam as técnicas de panificação às entidades que recebem os kits para que sejam repassadas à comunidade. Desde o início do programa, em 2001, mais de sete mil pessoas foram capacitadas para atuarem como multiplicadores em suas comunidades, ensinando, além da fabricação de pães, noções de ética, cidadania, saúde e higiene.

Valéria Cintra – Cíntia Cury – Cristiano Matsuda