Durante entrevista coletiva concedida após a cerimônia de formatura de 237 policiais e entrega de viaturas e equipamentos para a Polícia paulista, no Vale do Anhangabaú, nesta quarta-feira, dia 12, o governador Geraldo Alckmin falou sobre a questão da invasão de áreas pertencentes ao Estado por movimentos de Sem-Terra. “Esse tipo de movimento é, na prática, um movimento contra a Reforma Agrária. Não serve a uma causa justa como é a da Reforma Agrária”, disse. Ele lembrou que está em vigor no País uma medida provisória determinando que, quando uma área é invadida, mesmo se for improdutiva, fica impedida de ter vistoria para efeitos de Reforma Agrária por um período de dois anos. “Invadir propriedade é não querer a Reforma Agrária”, enfatizou.
Alckmin destacou ainda que o Governo paulista está comprometido com a Reforma Agrária. “Em oito anos foram assentadas mais de cinco mil famílias no Estado, mais do que em toda a história de São Paulo”, explicou.
Quanto ao compromisso firmado entre a Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, o MST e o Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, que estabeleceu prazo até a próxima sexta-feira, dia 14, para desocupação da fazenda Campininha, uma estação experimental do Governo do Estado, em Mogi-Guaçu, o governador afirmou que é preciso usar o bom senso. “É preferível que os invasores saiam pacificamente a ter que se usar a força para fazer a reintegração de posse. É importante deixar claro que não há nenhuma hipótese de uma fazenda que foi invadida não ser desinvadida. A reintegração de posse vai ser cumprida. Se é uma questão de dias, não há porque fazer um cavalo de batalha”, disse.
Alckmin também explicou que tanto essa área, quanto a fazenda Ithaye que pertence à Sabesp, não se prestam à Reforma Agrária, já que uma é fazenda produtiva e a outra, uma unidade de conservação ambiental.
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Cíntia Cury