Os presos transferidos das delegacias são encaminhados para o sistema penitenciário.
Alckmin derruba as grades das celas do 3º Distrito Policial, no bairro de Santa Ifigênia, localizado na região central.
Alckmin desativa carceragem do 3º Distrito Policial, em Santa Ifigênia
Até o fim de 2004, todas as celas de delegacias da Capital serão desativadas.
O governador Geraldo Alckmin participou nesta terça-feira, dia 25, da desativação da carceragem do 3º Distrito Policial, localizado no bairro de Santa Ifigênia, região central de São Paulo.
“O DP de Santa Ifigênia tinha capacidade para atender 24 presos, mas já chegou a abrigar até 215. Quem ganha é a população, porque libera os policiais civis para fazer um trabalho na região ainda mais intenso”, disse o governador.
Alckmin informou que, até final de 2004, todas as carceragens dos distritos policiais devem estar desativadas. “Os dois próximos a serem desativados serão o 25º DP, em Parelheiros, e o 16º DP, em Vila Clementino”.
Os últimos dez presos do 3º DP foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP), de Pinheiros. O Estado de São Paulo possui 19 CDPs em atividade. No mês de março, será inaugurada a 20ª unidade, em Suzano. “Ela terá capacidade para abrigar 768 presos”, informou Alckmin.
Estão em construção outros três na Grande São Paulo, nas cidades de São Bernardo do Campo, Mauá e Diadema. No Interior, será iniciada a implantação de uma unidade em Caiuá, região de Presidente Prudente. “Estamos acelerando os Centros de Detenção Provisória”, ressaltou o governador. Para Alckmin, este processo de transferência de presos é um desafio similar à desativação do Carandiru. “A Casa de Detenção tinha 7,4 mil presos e os detentos nos distritos somam 7,6 mil”, lembrou.
As unidades com carceragens desativadas estão sendo transformadas em delegacias participativas, nas quais a comunidade recebe um atendimento “padrão poupatempo”. O objetivo é modernizar o atendimento nas delegacias e fortalecer a eficácia da Polícia e a relação com a comunidade. As delegacias participativas não têm carceragem, possuem entrada separada para vítima e presos e contam com sistema informatizado.
Para o comerciante Rubens Marques de Carvalho, a desativação beneficia os moradores e os lojistas da região. “Essa é uma reivindicação antiga”, disse, lembrando que em dia de visita, por exemplo, prejudicava as vendas.
A desativação do 3º DP contou com a presença dos secretários da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, e da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.
Macedo Junior
