Alckmin desativa carceragem de Vila Brasilândia

Transferência dos presos para grandes unidades prisionais no Interior proporciona mais segurança para moradores da Capital

sex, 07/01/2005 - 15h49 | Do Portal do Governo


O governador Geraldo Alckmin derrubou as grades das celas e desativou a carceragem do 45º Distrito Policial de Vila Brasilândia, Zona Norte da Capital. Até o mês de maio, o Estado pretende retirar os 6.700 presos que ainda estão nos distritos policiais e cadeias públicas. Para atingir esta meta mais seis unidades prisionais estão em construção pelo Interior, informou o governador.

Com o ato de hoje, sobe para 42 distritos e duas cadeias públicas na Capital que não têm mais presos. Em todo o Estado já são 133. Os próximos a serem desativados na Capital serão o 28º DP, da Freguesia do Ó, 38º DP de Vila Amália e o 19º Vila Maria.

O 45º DP será transformado em uma delegacia participativa. A reforma já começou e deve ficar pronta dentro do 90 dias. A obra será feita em parceria com a iniciativa privada e vai custar R$ 130 mil.

Alckmin observou que a retirada das grades é uma medida de prevenção para evitar que as carceragens voltem a ser ocupadas por presos, proporcionando maior segurança à população. “Evita o risco de fuga, de superlotação e deixa de amendrontar a vizinhança”, observou. O 45º DP faz fundo com duas escolas públicas. Tinha capacidade para 30 detentos e estava com 117 que foram removidos para os Centros de Detenção Provisória (CDP) no interior do Estado, em dezembro.

“Quando ocorria rebelião era um desassossego. Com a saída dos presos me sinto muito mais segura”, diz a dona de casa Néia Miranda Divino, 74 anos, vizinha da delegacia.

Ressaltando o trabalho dos policiais que dão suas vidas para cuidar da população, o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, relembrou que durante uma tentativa de resgate de preso no 45º DP, um policial foi morto e outro teve uma deficiência física.

Alckmin comentou que com a transferência dos presos para as unidades prisionais no interior, os policiais ficam livres para fazer seu trabalho investigativo e judiciário, prestando um melhor serviço à população. Nas unidades prisionais do Estado, 53% dos detentos trabalham e mais de 20% estudam.

Apesar das carceragens estarem sendo desativadas, serão mantidas as celas apenas das delegacias seccionais- denominadas cela em trânsito- enquanto o detento aguarda uma vaga no Centro de Detenção Provisória. Ainda na Capital serão mantidas algumas celas em distritos policiais, com vagas para prisões por falta de pagamento de pensão alimentícia e por falência.

Pedido

Atendendo a um pedido dos moradores da Brasilândia, Alckmin determinou ao secretário da Casa Civil, Arnaldo Madeira, que analise a possibilidade de transformar uma instalação da Sabesp em um pólo cultural no bairro.

Valéria Cintra