O Estado investiu R$ 15 milhões na construção de cinco unidades: 1 e 2 da Raposo Tavares e 4 e 5 de Vila Maria, na Zona Norte da Capital, e uma no Tatuapé, Zona Leste da cidade.
Jovens infratores foram transferidos para a Unidade da Febem Tatuapé; alguns serão levados para as novas instalações da Febem Raposo Tavares, que deve ser inaugurada em janeiro próximo.
No início de 2004, oito novas unidades da Febem serão entregues. Elas contarão com módulos menores, mais modernos e com equipamentos adequados para a aplicação de medidas sócio-educativas
Os jovens, remanejados desde o último dia 28, foram levados para unidades do Interior do Estado para que fiquem próximos às suas famílias.
A Unidade de Internação 31 (Paineiras) do Complexo da Febem de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, foi desativada nesta terça-feira, dia 30, pelo governador Geraldo Alckmin. Essa era a última unidade que mantinha características prisionais dentro da Febem. Contava com 253 jovens infratores, 80% deles maiores de 18 anos. O prédio foi passado à Secretaria da Administração Penitenciária, para que seja transformado em Centro de Detenção Provisória (CDP).
Os jovens estavam sendo remanejados desde o último dia 28. Uns foram levados para unidades do Interior do Estado para que fiquem próximos às suas famílias. Outros foram transferidos para a Unidade da Febem Tatuapé. Desses, alguns serão levados para as novas instalações da Febem Raposo Tavares, que deve ser inaugurada em janeiro próximo.
No início de 2004, oito novas unidades da Febem serão entregues. Elas contarão com módulos menores, mais modernos e vão possuir equipamentos adequados para a aplicação de medidas socioeducativas. A maioria terá dois pavimentos, 75 dormitórios e capacidade para abrigar 150 adolescentes. ‘Unidades menores proporcionam maior segurança tanto para a sociedade quanto para os jovens’, enfatizou o governador.
Duas unidades da Febem serão no Interior, uma em Ribeirão Preto, com 120 vagas, no valor de R$ 2,5 milhões; e outra em São José dos Campos, com 96 vagas e investimento de R$ 3,5 milhões em função da terraplanagem. As outras, na região da Grande São Paulo.
O Estado investiu R$ 15 milhões na construção de cinco unidades, sendo as 1 e 2 da Raposo Tavares, 4 e 5 de Vila Maria, na Zona Norte da Capital, uma no Tatuapé, Zona Leste da cidade de São Paulo.
‘A Febem foi para a Secretaria da Educação porque o enfoque dela é na educação e no ensino profissionalizante. Só este ano, 593 adolescentes saíram da Febem com a Carteira de Trabalho assinada’, destacou Alckmin. As novas unidades têm salas de aulas, oficinas profissionalizantes e espaço para atividades esportivas.
O governador ressaltou a importância da empregabilidade. De acordo com Alckmin, empresários ofereceram mil vagas de trabalho para os jovens da Febem e a Secretaria da Educação, outras mil vagas em bibliotecas e salas de informática das escolas. ‘Na região de Ribeirão Preto, dois ex-internos foram destacados como funcionários do mês de uma rede de lanchonetes. Acredito na ressocialização e recuperação dos adolescentes. A maioria não reincide mais no crime. O índice de reincidência, que era de 23% caiu para 19% e vai cair ainda mais com a empregabilidade’, elogiou o governador.
Pelo novo modelo pedagógico implantado pelo governador Geraldo Alckmin, os 8.360 funcionários trabalham com cerca de 5,4 mil jovens matriculados em escolarização formal; outros, aproximadamente 900 inscritos, no Programa Educação e Cidadania; mais de 4,3 mil inscritos em 102 oficinas profissionalizantes; cerca de 4,3 mil inscritos em 51 atividades artísticas e culturais e 4,2 mil inscritos em 37 modalidades esportivas, entre elas 22 modalidades de jogos de salão.
Atualmente, o Estado conta com 70 unidades da Febem, que atendem 6,7 mil adolescentes. Desse montante, aproximadamente 450 estão em regime de semiliberdade e mais de 6 mil em regime de internação. Há ainda mais de 13 mil jovens em regime de liberdade assistida.
Para o presidente da Febem, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, o novo modelo, com plantas que permitem ocupação mais compacta do terreno, favorece a descentralização do atendimento aos adolescentes. ‘Isso facilita aos municípios cederem o terreno para a construção’, disse.
Lilian Santos
