Alckmin debate parcerias para o desenvolvimento social

A formação de parcerias na busca de estratégias para o desenvolvimento social foi o tema da reunião realizada nesta quarta-feira, dia 26, no Palácio dos Bandeirantes. O governador Geraldo Alckmin recebeu parte do secretariado paulista e representantes de empresas e entidades do terceiro setor para ouvir sugestões de como ajudar os menos favorecidos.

Foi criada a Rede Social de São Paulo para integrar ações emergenciais com foco nas famílias que sobrevivem abaixo da linha da pobreza, recebendo menos de um salário mínimo por mês. A secretária da Assistência e Desenvolvimento Social, Maria Helena Guimarães, disse que o Estado já conta com um Cadastro Pró-social Único com informações sobre estas famílias. ‘O cadastro foi elaborado pela Prodesp e será encaminhado a todas as Secretarias. A idéia é garantir agilidade e transparência nas ações sociais’, disse.

Alckmin informou que são 850 mil famílias que se encontram em situação de extrema dificuldade financeira. ‘Elas foram localizadas e residem na maior parte no Vale do Ribeira, Alto Ribeira, Pontal do Paranapanema e Serra da Mantiqueira’, observou. Estas regiões apresentam o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O governador também afirmou que o programa irá focar a periferia da Região Metropolitana.

Dobrar o Renda Cidadã

O Governo do Estado irá dobrar o Programa Renda Cidadã, que oferece auxílio mensal de R$ 60,00 às famílias menos favorecidas. Alckmin destacou que o programa é aplicado nas 50 cidades com menor IDH do Estado. ‘O critério é o mais justo. Vamos dobrar o Renda Cidadã nas cidades onde a situação é mais crítica. Os municípios menores tinham 30 famílias sendo atendidas e passarão para 60. Os que tinham 60 passarão para 120’, explicou.

Apoios

Vários representantes de empresas participaram do encontro. O presidente do Instituto Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes, elogiou a iniciativa. Segundo ele, cerca de 50 propostas foram apresentadas e o importante é organizar e integrar as ações. ‘Esta ajuda tem de ser uma preocupação geral. O Estado de São Paulo é o mais rico da nação, mas também há pobreza, porque recebe gente do Brasil inteiro em busca de trabalho. Então, temos de arrumar emprego a todos’, afirmou.

Uma das sugestões apresentadas na reunião foi a criação de uma comissão permanente formada por integrantes do Governo e das empresas interessadas para criar ações conjuntas e discuti-las com periodicidade. A secretária Maria Helena disse que irá enviar e-mails a todos os presentes para criar essa comissão.

Alckmin destacou que com o apoio de todos será possível unir esforços, evitar a dispersão de recursos e otimizar as ações. Segundo ele, tanto o Estado como as entidades já possuem boas ações, mas que acabam correndo paralelas. ‘Sem a integração, você pode estar atendendo ao mesmo público alvo várias vezes, enquanto outro não está sendo atendido’, analisou.

O governador afirmou que várias propostas ouvidas hoje serão fundamentais para o desenvolvimento social, como a alfabetização de adultos, complementação escolar, qualificação profissional, apoio a portadores de deficiência e combate a desnutrição. ‘Pela primeira vez teremos um programa integrado, com um público alvo bem definido’, avaliou.

O encontrou reuniu 54 representantes da iniciativa privada e do terceiro setor, como Viviane Senna (presidente do Instituto Ayrton Senna); Ana Maria Wilhein (Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança); Luciano Menezes (diretor executivo da Câmara Americana de Comércio); Nizan Guanaes (presidente da África Publicidade); Alencar Burti (presidente da Associação Comercial e do Conselho do Sebrae); Mariana Varella (Unesco); entre outros.

Rogério Vaquero